Tebas chama "chorão" ao Real Madrid: "Se perde, é porque há conspiração..."
Presidente da LaLiga considerou que os “merengues” só protestam contra os árbitros quando são tomadas decisões polémicas contra o seu clube
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Javier Tebas, presidente da LaLiga, reforçou esta segunda-feira as críticas que tem feito ao Real Madrid pela forma como o campeão espanhol tem protestado publicamente contra a arbitragem esta época, isto já depois ter acusado o emblema liderado por Florentino Pérez de “vitimização”.
Num evento organizado pela agência Europe Press, o dirigente considerou que os “merengues” só protestam contra os árbitros quando são tomadas decisões polémicas contra o seu clube, remetendo-se ao silêncio noutros casos, numa postura que qualificou como sendo de um clube "chorão".
“Remeto-me aos dados objetivos e sou um madridista hibernado. Há uma conspiração mundial e toda a gente está contra o Madrid e contra os seus projetos. Já não sei se os árbitros têm um preconceito contra o Real Madrid ou se têm um preconceito para que ganhem outros clubes que não sejam o Madrid. Já não revêm erros contra o Madrid, revêm o do Rayo contra o Barça, contra o Atlético, contra o outro... Os árbitros enganam-se e creio que é preciso fazer uma reforma profunda, mas é importante analisar porque é que digo: ‘chorão’. Florentino [Pérez] foi membro da Junta Diretiva da Federação [Espanhola de Futebol] até 23 de novembro e não disse nada. Agora o discurso do Madrid não serve para mim, numa carta agressiva, porque não disse nada”, ripostou.
“Para mim é chorão porque, se ganha, é porque ganharam contra todas as forças do bem e do mal e, se perde, é porque há uma conspiração de todo o coletivo arbitral. Eu, que tenho netos e filho que são do Madrid, começo a sentir vergonha daquilo que vivi como madridista. O Madrid nunca foi um clube chorão. Ontem os jogadores [da LaLiga] colocaram-se atrás de um placard [de apoio aos árbitros]. Foi porque pensavam isso? Eu acho que sim. Eles tentam que todo o madridismo se meta numa política de conspiração que não existe”, completou.