Taça da Ásia começa hoje: Japão, de Morita, é favorito, Irão, de Taremi, num segundo lote
Seleção do médio leonino tem o melhor palmarés e o maior valor de mercado. Equipa do portista surge num segundo lote de favoritos. Paulo Bento é o único selecionador português em prova, à frente dos Emirados Árabes Unidos, que têm em Fábio Lima e Caio Canedo, ambos nascidos no Brasil, os principais argumentos.
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O iraniano Mehdi Taremi e o japonês Hidemasa Morita são duas das principais estrelas que, a partir desta sexta-feira, vão entrar em ação na Taça da Ásia, principal competição de seleções daquele continente, com final marcada para 10 de fevereiro. Osama Rashid, médio do Vizela, e Paulo Bento, selecionador dos Emirados Árabes Unidos, são os outros participantes com ligações diretas a Portugal.
O médio do Sporting integra o plantel da seleção que é principal favorita à conquista do troféu e, se não houver surpresa, são altas as probabilidades de só regressar a Portugal após as meias-finais ou final. Quanto ao Irão, de Taremi, está num segundo lote de favoritos, mas também deve passar pelo menos a fase de grupos, que termina a 25 deste mês.
Nesta fase, passam os dois primeiros de cada grupo e ainda os quatro melhores terceiros dos seis grupos. O Irão pode esperar luta renhida por parte dos Emirados Árabes Unidos, mas Palestina e Hong Kong estão ainda distantes do poderio da turma iraniana, que conta com outros jogadores de renome, como Azmoun (Roma) ou Jahanbakhsh (Feyenoord).
Mas a principal favorita é mesmo a seleção nipónica, pelo lote de jogadores de qualidade, pelo currículo, ou até pelo valor de mercado global (316 milhões de euros, no total, seguida da Coreia do Sul, com 193 M€, e Irão, com 52 M€). O Japão, além de Morita, conta com nomes como Mitoma (Brighton), Kubo (Real Sociedad), Endo (Liverpool) ou Minamino (Mónaco). Além disso possui um palmarés invejável, com quatro títulos conquistados. Aliás, nas últimas seis edições, só numa não foi às meias-finais (2015), sagrando-se campeão em três. Os japoneses estão ainda numa série de dez jogos ganhos consecutivos, contando-se entre eles um 4-1 à Alemanha e um 4-2 à Turquia.
Mas também a Coreia do Sul está numa série de dez vitórias seguidas e apresenta um naipe de futebolistas conceituados, como Son Heung-Min (Tottenham), Kim Min-Jae (Bayern) ou Lee Kang-In (PSG).
Entre os mais fortes candidatos conta-se ainda a Austrália, que esteve em duas das últimas três finais, assim como a Arábia Saudita, que leva oito jogadores do Al Hilal (de Jorge Jesus) e sete do Al Nassr (de Luís Castro). É grande a curiosidade em perceber-se até que ponto os principais jogadores sauditas evoluíram graças à convivência com craques como Ronaldo, Mané, Benzema ou Kanté, entre outros.
Os Emirados, de Paulo Bento, estão num segundo lote de favoritos, como o Irão. Os avançados Fábio Lima e Caio Canedo, nascidos no Brasil, são os nomes mais conhecidos da equipa que, sob o comando do português, somou seis vitórias e apenas uma derrota.
Médio em longo jejum
Morita já marcou esta época pelo Sporting (frente ao Arouca, em outubro), mas na seleção japonesa já não o faz desde maio de 2021. É quase um ano e meio de jejum, com 22 jogos feitos desde então.