Guarda-redes do Barcelona assume que o vício é mais forte do que ele e pediu aos adeptos, especialmente aos jovens, para que não o vejam como um exemplo nesse aspeto
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Um dia antes de o Barcelona defrontar o Real Madrid (sábado, às 21h00) num “El Clásico” que coroará o vencedor da Taça do Rei, Wojciech Szczesny encarou esse jogo com o rival e o momento decisivo da época que os catalães enfrentam, estando na liderança da LaLiga e nas meias-finais da Liga dos Campeões, onde vão medir forças com o Inter.
“Veremos se esta é uma das melhores históricas futebolísticas jamais apresentadas. É interessante. Pode tornar-se numa das melhores, logo veremos quando falarmos nos finais de maio. Estamos na parte final da época e continuamos em todas as competições. Não penso perder nenhum jogo. Queremos trazer todos os troféus para casa e agora é a parte importante da época, quando se começa a senti-lo", apontou o guardião polaco, de 35 anos, que cancelou a retirada dos relvados para reforçar o Barça em outubro de 2024, após uma grave lesão de Marc-André ter Stegen.
“Eu observava o Barcelona e pensava: ‘Esta equipa poderá fazer algo especial esta época? Sim. Conseguirei perdoar-me se digo que não e eles depois fazem algo grande? Não’. Se visse este Barcelona a partir do meu sofá em Marbella, sabendo que poderia fazer parte dele, não me perdoaria”, assumiu, explicando essa decisão de voltar atrás na reforma e juntar-se aos “blaugrana”.
Szczesny disse ainda que “nunca” tinha jogado numa equipa com a ideia de jogo “de alto risco e alta recompensa” como a do Barcelona de Hansi Flick, referindo que tentou adaptar-se a isso desde a sua entrada no clube: “Não estou aqui para ser conservador. Tento fazer o que a equipa necessita e a equipa necessita de um guarda-redes com valentia suficiente para tomar decisões difíceis”.
Noutro tópico, o guardião não fugiu ao facto de ser fumador, admitindo que esse vício em tabaco é mais forte do que ele e pedindo assim aos adeptos, especialmente aos jovens, para que não o vejam como um exemplo nesse aspeto.
“Há coisas na minha carreira que é melhor não imitar. Nalguns aspetos, falho em ser um bom exemplo, mas tento ser a melhor versão de mim mesmo e tento dar o exemplo correto aos meus companheiros e às crianças que nos veem. Mas no que toca ao tema de fumar, por favor, não me sigam e não o façam. Perdi essa batalha. Quando era muito jovem, criei um hábito que é muito negativo para mim, sei disso. Simplesmente não consigo ganhar-lhe. Por isso, para qualquer pessoa que esteja a ver: não façam o que eu fiz”, apelou.