Laporta, líder de um dos clubes subscritores, assegurou que vários aguardam a confirmação de distinto quadro competitivo e que os processos judiciais estão a ser vencidos
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O trio idealizador da Superliga (Barcelona, Real Madrid e Juventus), apesar da contestação à escala europeia, passando pela cúpula, insiste, persiste e não desiste. Joan Laporta, presidente blaugrana, deu a entender, este sábado, que haverá nova "investida" para dar início à competição concorrente da Champions.
"Estamos a postos, juntamente com a Juventus, o Real Madrid e outros clubes, que estão na expectativa. Os clubes ingleses estão à espera, como o Manchester United e o Liverpool, assim como [emblemas] alemães", disse Laporta, ao "Mundo Deportivo".
A Superliga fora anunciada, conjuntamente, em abril passado, mas não "sobreviveu" mais de 48 horas, dadas a declarada oposição manifestada por políticos, governos, UEFA, FIFA, federações, treinadores, jogadores, clubes e até adeptos.
Porém, Barcelona, Real Madrid e Juventus mantiveram-se irredutíveis, entre os 12 clubes que subscreveram, inicialmente, a participação na competição - Milan, Arsenal, Atlético, Chelsea, Inter, Liverpool, City, United e Tottenham retiraram-se.
Desde então, este trio "rebelde" tem mantido reuniões para aplicar eventuais reformulações (existência de duas séries e não de apenas uma original, inclusão de sistema de subidas e descidas, e sem necessidade de admissão por convite).
Laporta, ao "Mundo Deportivo", assegurou que vários clubes aguardam a confirmação de um diferente formato em relação ao anunciado no ano passado e que os processos judiciais, levantados para impedir a concretização da ideia, estão a ser vencidos.
"Estão na expectativa de saber se será um novo formato de competição ou se será uma Liga dos Campeões melhorada. Estamos a trabalhar nisso e estamos a ganhar em todo e cada um dos procedimentos judiciais que foram iniciados", prosseguiu.
Em abril do ano passado, o tribunal do comércio de Madrid determinou medidas cautelares para impedir a inviabilização da Superliga por parte da UEFA e da FIFA, por entender que seria uma violação das leias de comércio livre da UE, mas o organismo liderado por Aleksander Ceferín remeteu o caso para o Tribunal Europeu.
Laporta revelou que o trio idealizador da Superliga está, agora, "à espera" da deliberação dessa entidade judicial. Segundo o presidente do Barcelona, o mesmo "irá emitir uma sentença no final de 2022", leia-se luz verde ou vermelha.