Superliga Europeia passa a ser uma competição aberta: as novas ideias do projeto
Num documento que estará a ser redigido por Real Madrid, Barcelona e Juventus - os três 'sobreviventes' da Superliga Europeia -, e ao qual vários órgãos de comunicação social tiveram acesso, são divulgados os novos moldes para o projeto da Superliga.
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A Superliga Europeia passará a ser uma competição aberta a todos os clubes da Europa, sem que haja membros permanentes. A informação foi avançada pela Cadena SER, na noite de terça-feira, que teve acesso a um documento que estará a ser preparado por Real Madrid, Barcelona e Juventus - os 'sobreviventes' do projeto inicial -, com novas linhas orientadoras de forma a reformular as regras da prova.
De acordo com a publicação, o documento refere que todas as equipas terão de garantir um lugar na 'nova Superliga' por mérito desportivo, pelo que a competição deixará de ser "fechada". Foi precisamente por esse motivo - só os clubes mais poderosos teriam lugar na prova que foi inicialmente idealizada pelos fundadores - que muitos adeptos de futebol contestaram a ideia.
O que está por determinar é o formato da competição, falando-se da possibilidade de haver duas divisões de 20 equipas.
No referido documento não oficial, ao qual, refira-se, vários órgãos de comunicação social tiveram acesso, lê-se que o projeto apresentado anteriormente foi "mal interpretado" pelas pessoas e critica-se a Liga dos Campeões atual, que "não mudou em quase 30 anos".
"A Champions atual, dirigida e operada pela UEFA, a autodenominada reguladora das competições futebolísticas na Europa, não mudou em quase 30 anos e tornou-se rígida, aborrecida, com falta de jogos ao mais alto nível", referem, admitindo que a ideia é continuar com o "ecossistema existente", convivendo com as competições nacionais.
Assim, segundo a Cadena SER, estes seriam os pontos-chave do novo projeto da Superliga Europeia: a Superliga não é uma proposta que vai acabar com a atual ordem estabelecida ou abandonar as ligas nacionais; eliminar o conceito de "membros permanentes"; a Superliga é o reconhecimento de um sistema que está acabado; os papéis da UEFA criam conflitos estruturais; maior proximidade com os responsáveis de clubes que não são membros; falta de jogos de alto nível; controlo financeiro inadequado; falta de transparência nas questões solidárias; a União Europeia está a perder o controlo do futebol; clubes de grandes cidades localizadas em países mais pequenos não podem competir no modelo atual da UEFA.