Guardiola tem fama, e proveito, de gastador mas há quem invista mais e com muito piores resultados
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No término da sétima temporada ao serviço do Manchester City, Pep Guardiola alcançou finalmente a glória mais desejada pelo clube - a coroa de campeão europeu - que chegou ao topo do futebol mundial graças aos fundos dos proprietários, com base em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. A Champions foi até sábado passado a obsessão dos citizens, apesar do indiscutível sucesso desportivo refletido nos outros 13 troféus que conquistou, cinco ligas incluídas, nestes sete anos.
Acusado muitas vezes de concorrência desleal, por ser injetado por capitais do referido país árabe, o City investiu neste período referido um total de 1 196,96 em contratações. Uma enormidade, sem dúvida, mas que coloca os skyblues apenas no quarto lugar da tabela dos clubes mais gastadores atrás de Chelsea (1 623,79), Barcelona (1 278,95) e Juventus (1 270,89).
Em sete temporadas sob o comando do espanhol, os citizens tiveram um saldo negativo de 621,69 M€ entre compras e vendas. Menos do que Arsenal, Chelsea e United que, juntos, venceram menos.
E é também em quarto lugar que o City se encontra olhando ao balanço entre gastos com aquisições e receita com vendas. Nesta situação, os citizens apresentam um saldo negativo de 621,69 M€, estando o vizinho United com o recorde de saldo negativo: 903,25 M€. Um número que não deve orgulhar a gestão dos red devils, que apenas ganharam três troféus (1 Liga Europa e 2 Taças da Liga).
O Chelsea, que foi campeão europeu em 2021 e somou mais cinco troféus, e o Arsenal, apenas três taças menores, foram também mais "gastadores" do que o City, o que comprova que o dinheiro não é o único segredo do sucesso, sobretudo numa liga tão competitiva quanto a inglesa, onde o City só deixou fugir dois campeonatos em sete anos: um para os blues e outro para o Liverpool, muito mais contido que os rivais nos gastos e que até disputou três finais da Champions, embora só tendo ganho uma.
PSG, apesar do domínio interno (e mesmo assim perderam duas ligas), Barcelona e Juventus também tiveram grandes dispêndios sem os resultados desejados, nomeadamente internacionalmente. Pelo contrário, Bayern e Real Madrid revelaram-se exemplos de boa gestão. Os bávaros arrasaram na Alemanha e ainda ganharam uma Champions, os merengues, os únicos com balanço positivo entre os clubes que mais gastam em contratações, sobreviveram no topo largos anos com uma espinha dorsal que lhes garantiu três Ligas dos Campeões.
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