Sport Recife perde dois reforços após invasão do centro de treinos com ameaças e agressões
Os portugueses João Silva, Sérgio Oliveira e Gonçalo Paciência não terão sido agredidos. Dois reforços que estavam a caminho do clube cancelaram a transferência
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Adeptos do Sport Recife invadiram o centro de treinos do Sport Recife para intimidar o plantel, perante sequência de maus resultados, chegando mesmo a agredir jogadores. A invasão levou dois jogadores que estavam encaminhados para serem reforços a cancelarem a transferência. "Não posso citar os nomes dos atletas, mas sim, de ontem para hoje tivemos negociações travadas em função do cenário", revelou o vice-presidente Raphael Campos.
No clube atuam três portugueses, João Silva, Sérgio Oliveira e Gonçalo Paciência, mas segundo relatos não terão sido alvo de agressão. A mesma sorte não teve o atacante Pablo, que surge num vídeo a ser agredido com palmadas no peito e a ser agarrado pela camisola. "Pensam que é brincadeira? Não estamos a brincar, aqui todos temos antecedentes criminais", ameaçou o líder do grupo de adeptos.
O Sport não vence há 15 jogos, o pior registo da sua história centenária. "O Sport Club do Recife repudia veementemente a invasão ocorrida na tarde desta quarta-feira (16) ao Centro de Treinos José de Andrade Médicis, promovida por integrantes de torcidas organizadas. Durante o episódio, houve coação contra atletas, membros da comissão técnica e funcionários do Clube — condutas absolutamente inaceitáveis. O Clube informa que tomará todas as medidas cabíveis para identificar e punir os responsáveis, com o apoio das autoridades competentes. De forma inaceitável, houve a invasão das dependências do Centro de Treino, com depredação do portão de acesso e intimidação a profissionais num ambiente que deve ser resguardado para o trabalho e para a integridade física de todos", comunicou o Sport Recife.
A polícia desvalorizou o incidente: "A Polícia Militar informa que equipas da Corporação chegaram ao local de forma preventiva, antes da chegada dos integrantes de uma claque organizada, com o objetivo de garantir a ordem pública e a segurança de todos os envolvidos. O ato decorreu de forma pacífica, sem a necessidade de intervenção policial. Os integrantes da claque organizada foram recebidos por representantes do clube, e não houve registo de ocorrências relevantes durante a manifestação."