Spalletti não esquece Maradona: "Este resultado também teve a sua proteção"
Declarações de Luciano Spalletti, treinador do Nápoles, que conquistou esta quinta-feira o terceiro título italiano da sua história, que escapava desde 1990.
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Título: "Aqueles que, tal como eu, estão habituados a trabalhar sempre no duro, não se podem alegrar. A felicidade é uma coisa efémera. Agora tenho de voltar ao trabalho, começar de novo. Devíamos poder parar, mas é uma questão de vida... Ver os napolitanos felizes, a sorrir, é a maior emoção. São eles que a transferem para mim. O problema foi chegar aqui, com a sensação de uma cidade no meu pescoço. Era a nossa responsabilidade dar-lhe este enorme direito de se alegrar. Uma pessoa pensa em todas estas coisas e sente-se relaxada. Pensa-se: 'Graças a Deus que consegui', mas a felicidade acaba aí".
Campeonato era uma meta quando assinou contrato? "Era obrigatório, tendo em conta os grandes treinadores e os grandes campeões que este público viu. Maradona jogou aqui e neste resultado há também a sua proteção. Tornava-se difícil dizer-lhe que não há problema em ter ficado em terceiro lugar, em ter lutado pelo Scudetto. Há treinadores que dizem: 'Este é apenas o terceiro ano em que trabalho com esta equipa...' Começámos por ficar na Liga dos Campeões e o pedido que me foi feito foi para manter a equipa nessa zona. Depois chegaram ao ponto de desafiar a equipa e isso não me agradou. Quando, no ano passado, disse que devíamos tentar ganhar [o campeonato], atiraram-se a mim porque eu tinha dito algo demasiado grande. Mas o que ia para além disso era tirar o máximo partido dos jogadores e ter a mentalidade necessária para avançar este ano. Esta foi a segunda metade [do título], a primeira foi no ano passado, quando fizemos um grande campeonato e jogos maravilhosos, sem nunca pôr em causa o objetivo que nos era pedido. Já tivemos aqui Benítez, Ancelotti e Sarri, que jogavam o melhor futebol de Itália, Gattuso que ganhou a Taça de Itália. E o que é que eu estava a fazer aqui se não fosse para ganhar o Scudetto? Não não tinha escapatória".
Victor Osimhen marcou o golo que selou o título: "Ele é duro como as pinhas verdes, é muito forte, tem coração e vontade de trabalhar pela equipa. Ainda hoje andou atrás de toda a gente, quando vê a bola é como uma criança, anda atrás dela por todo o lado. Ele merece, fez muito pela equipa, o golo do Scudetto é a recompensa certa para ele".
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