Declarações do treinador do Inter antes da final da Champions, frente ao PSG
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O Inter regressa com mais experiência à final da Liga dos Campeões, disse esta sexta-feira o treinador Simone Inzaghi, desejando corrigir perante o PSG a derrota de 2022/23 com o Manchester City (1-0).
“O que difere dessa final de Istambul é a experiência na preparação. Sabemos que cada jogo tem a sua própria história e tentaremos cuidar de todos os detalhes. Há uma grande confiança, porque temos todos os jogadores disponíveis, algo que só aconteceu por três vezes esta época, e isso ajuda-nos”, reconheceu o técnico, em conferência de imprensa.
Os franceses defrontam os italianos do Inter no sábado, às 20h00 de Portugal continental, na Allianz Arena, em Munique, na Alemanha, no embate decisivo da 70.ª edição da principal competição continental de clubes, que vai ser dirigido pelo romeno István Kovács e terá o português João Pinheiro na função de quarto árbitro.
“O PSG é líder em posse de bola na Europa e nós somos os primeiros nesse capítulo na Serie A. Temos de circular bem para não dar hipótese a um opositor tão bom como este. Haverá momentos em que vamos sofrer e outros em que eles têm de defender”, avaliou.
O Inter está pela sétima vez no duelo decisivo, tendo intercalado as derrotas em 1966/67, 1971/72 e 2022/23, já com Simone Inzaghi, com os triunfos em 1963/64, 1964/65, frente ao Benfica (1-0), em Milão, e 2009/10, sob alçada do treinador português José Mourinho.
“Há dois anos, não éramos favoritos e demonstrámos que podíamos competir. Talvez até merecêssemos mais, mas tínhamos pela frente Pep Guardiola e o Manchester City, que eram os melhores do mundo. Agora, vamos defrontar uma formação incrivelmente forte, perigosa e com um grande técnico como Luis Enrique, alguém que admiro muito”, notou.
Terceiro treinador mais bem-sucedido da história "nerazzurri", com seis troféus, atrás dos sete do argentino Helenio Herrera e de Roberto Mancini, Simone Inzaghi visa o 10.º êxito internacional do clube, e sétimo europeu, sendo que ainda não festejou em 2024/25 nem fechou uma temporada sem conquistas desde que foi contratado à Lázio há quatro anos. “Estou muito orgulhoso por representar o Inter nesta final. Quando era criança, sonhava vencer a Champions. Não o consegui como jogador, mas já cheguei a duas finais como treinador. Há que entrar em campo sem obsessão, mas determinados em vencer”, frisou.
Garantindo que os milaneses já diluíram a deceção da semana anterior, quando falharam a revalidação do título italiano, ao concluírem a Serie A no segundo lugar, a um ponto do novo campeão Nápoles, Simone Inzaghi, de 49 anos, falou da sua continuidade no clube. “Só responderei uma vez sobre o meu futuro: vamos ter uma final da Liga dos Campeões e, depois, iremos conversar para ver o que é melhor para o Inter. Estou tranquilo. Se este resultado pode fazer a diferença? Certamente. Estou feliz aqui e tenho tudo o que quero para podermos jogar bem e ter muita satisfação”, admitiu o treinador, vinculado até 2026.
Ao lado de Simone Inzaghi, o avançado argentino e capitão Lautaro Martínez aplaudiu a evolução do Inter ao longo da prova e pediu uma exibição perfeita para interromper uma ausência de 15 anos sem triunfos italianos e conquistar um inédito troféu na sua carreira. “A Bola de Ouro não está na minha cabeça. O objetivo principal é a Champions e quero dar aos adeptos essa ótima sensação. Já ganhei troféus importantes com o Inter e pela Argentina. Falta-me a Liga dos Campeões, que é uma conquista extraordinária”, vincou.
Mostrando respeito pelo PSG, o médio Nicolò Barella evocou o êxito milanês nas "meias" sobre os espanhóis do Barcelona (7-6 nas duas mãos) para ilustrar que o Inter “fez sempre a diferença como equipa e não pode vencer jogos destes sem um grande grupo”.
O vencedor da Liga dos Campeões sucederá aos espanhóis do Real Madrid, recordistas de conquistas (15), e apura-se para a Taça Intercontinental de 2025 e para o Mundial de clubes de 2029, encontrando também os ingleses do Tottenham, que ganharam a última edição da Liga Europa, na próxima Supertaça Europeia, em agosto, em Udine, na Itália.