Shakhtar reclama 40 milhões à FIFA e apresenta queixa na Comissão Europeia
Clube ucraniano alega prejuízos avultados pela saída de jogadores ao abrigo de regra do organismo internacional
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Depois de perder o caso no TAS, o Shakhtar Donetsk apresentou uma queixa na Comissão Europeia, contra a FIFA, a quem reclama uma verba de 40 milhões de euros.
Devido à guerra na Ucrânia, a FIFA criou uma regra que permitia aos jogadores estrangeiros deixarem os seus clubes na Ucrânia, como jogadores livres. O clube ucraniano alega perdas avultadas por causa dos jogadores que saíram sem compensação (David Neres rumou ao Benfica, mas com acordo entre as partes).
"O Shakhtar apresentou uma queixa perante a Comissão da União Europeia contra a FIFA sobre a suspensão contínua de contratos de trabalho de jogadores e treinadores internacionais. Esta reclamação segue a intenção do clube de apelar contra a decisão do Conselho da FIFA de estender as alterações temporárias no Regulamento sobre o Estatuto e a Transferência de Jogadores da entidade. Esperamos que a Comissão Europeia compreenda e aprecie as pressões financeiras extremas que estão a ser impostas ao nosso clube devido às ações da FIFA num momento em que nossa nação está a ser devastada por uma guerra ilegal", afirmou Sergei Pelkin, diretor executivo do Shakhtar.
O Shakhtar, refira-se, voltou a competir sem as principais figuras internacionais e, mesmo assim, alcançou os oitavos de final da Liga Europa (foi eliminado pelo Feyenoord) e lidera a liga do seu país.
Para o dirigente dos ucranianos, as regras "são discriminatórias, violam o princípio da estabilidade contratual, restringem a liberdade económica dos clubes, afetam a integridade das competições de futebol e são desproporcionais". O Shakhtar defende ainda que a FIFA devia criar um "fundo de reparação para clubes ucranianos afetados pela perda de receitas durante o conflito militar".
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