Sérgio Silva e a tragédia na Indonésia: "Se virmos que corremos riscos seremos os primeiros a sair"
Defesa português do Arema acredita que a decisão das forças de segurança lançarem gás lacrimogéneo foi tomada com a melhor das intenções.
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Sérgio Silva esteve em campo no Arema-Persebaya de sábado à noite, na Indonésia, que terminou com mais de 130 mortos, quase todos em fuga do recinto do jogo, depois de o terem invadido com o intuito de protestar contra jogadores e dirigentes da equipa da casa. O pânico ter-se-á instalado junto dos adeptos depois de ter sido gás lacrimogéneo por parte das forças de segurança.
Na Indonésia há relatos de ter sido o gás lacrimogéneo lançado polícia (algo proibido pela FIFA) a desencadear o pânico que depois esteve na base de toda a tragédia. Teve noção de que foi realmente assim?
- Já ouvi falar disso nas notícias, mas não sei. Se calhar a polícia viu que a situação estava descontrolada e tentou fazer o melhor, certamente, para controlar a situação. Se foi de forma correta ou não, eu não sei, mas creio que tentaram fazer o melhor.
Ao que parece, esta situação deixa perceber que o futebol é vivido na Indonésia de forma bem intensa. Confirma?
- Ah, sim, a nível de fanatismo não tem nada a ver com Portugal. Aqui há muito mais paixão. Enquanto em Portugal temos estádios com 200 ou 300 adeptos, aqui é tudo aos 10, 20 ou mesmo 50 mil por jogo. São fanáticos e pode haver desacatos de vez em quando, que os há, mas não tem nada a ver com o que aconteceu.
Agora fica por aí mais uns dias?
- O campeonato agora vai parar uma semana, pelo menos, vamos ver o futuro, até pode parar mais tempo. Estamos aqui com outros portugueses, o Abel Camará e o treinador-adjunto, João Moreira. Se virmos que corremos riscos seremos os primeiros a sair. Mas vamos aguardar e ver a evolução da situação nos próximos dias.
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