Sergio Ramos e o futuro: esquiar, filhos no ténis e depois três hipóteses

Sergio Ramos, central do PSG
AFP
Sergio Ramos, central do PSG, falou ao site da UEFA antes do encontro da primeira mão dos oitavos de final da Champions, contra o Bayern.
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A mudança para França: "Deixar o Real Madrid foi, obviamente, uma mudança muito grande. O meu objetivo é sempre continuar a vencer. Ganhei muito com o Real Madrid, mas achei que era uma boa oportunidade para mudar de ares... e tentar ajudar uma equipa como o PSG. Foi tudo muito difícil no início. É preciso encontrar casa para morar e estabelecermo-nos, principalmente quando vimos com a família e com quatro filhos. O processo foi algo difícil no começo, mas acabou por dar tudo certo."
Início atribulado: "No princípio, depois de dar este salto, tudo correu mal. Lesionei-me, tive muita dificuldade para recuperar e adaptar-me ao novo sistema, à nova equipa e ao novo treinador. Começamos a duvidar se fizemos ou não a coisa certa. Mas a minha carreira tem sido definida pela consistência, pela perseverança e pelo árduo trabalho. Continuamos a lutar e isso dará mais significado às coisas no futuro."
Plantel do PSG: "Há muitas estrelas e alguns dos melhores jogadores do mundo. Porém, para se vencer é preciso união e estarem todos focados no mesmo objetivo. Se uma equipa acaba por ganhar é é porque deixou os egos pessoais para trás. O objetivo esta época é unirmo-nos, fazer sobressair as melhores versões de nós mesmos e mantermo-nos equilibrados como equipa. Isto é mais importante do que qualquer estrela que possamos ter."
Bayern: "Quando penso no Bayern, penso no dia em que lhes marquei [um golo em 2014]. Claro, sabemos que é uma das melhores equipas que poderíamos defrontar, um enorme desafio, mas ultrapassá-los daria uma mensagem muito positiva. Para vencer a Champions League é preciso vencer os melhores e o Bayern está entre eles todos os anos."
Cristophe Galtier é o treinador: "O que chama a atenção é a naturalidade e a humildade com que chegou à equipa. É um treinador que nunca mente, que fala cara a cara e isso, para mim, é muito importante. Também é um bom treinador: venceu títulos com equipas antes de chegar ao PSG e ganhou experiência que está a transmitir para o plantel."
Depois do futebol: "Invisto muito tempo no futebol e não tenho tido tempo para a família. Como tal, quando me retirar, vou passar dois anos dedicados à educação dos meus filhos, a viver as coisas quotidianas que não se podem fazer ao mesmo tempo que jogamos futebol, como esquiar, levar os filhos nas férias sem pressão, levá-los às aulas de ténis. Uma vida normal. Terei de estar mais por dentro dos meus negócios, mas no fim de contas o que me dá adrenalina e me anima é o futebol. Fiz isto toda a minha vida e é o que faço de melhor. Vejo-me como presidente [de clube], diretor desportivo ou treinador."
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