Sérgio Conceição puxa de galões: "Eliminei sempre equipas italianas que eram mais fortes do que o meu FC Porto"

 A segunda derrota consecutiva do Milan (2-1 em casa do Bolonha, em jogo em atraso da ronda 9 da Série A) levou Sérgio Conceição a deixar a garantia de que, caso a Direção assim o entenda, sairá do clube sem levantar qualquer objeção. “A minha situação é muito simples: se não me quiserem mais, faço as malas e vou-me embora, sem pedir um euro extra. Ouço tanta coisa injusta sobre mim como se eu tivesse vindo do nada. Tenho quase 100 jogos na Liga dos Campeões, cheguei aqui depois de ganhar 13 títulos. Em cinco anos, eliminei sempre equipas italianas que eram mais fortes do que o meu FC Porto, treinadas pelo [Maurizio] Sarri, o [Stefano] Pioli ou o Di Francesco”, disparou após o apito final, assumindo o Inter como exceção.

“Se não me quiserem mais faço as malas e vou-me embora sem pedir um euro extra. Cheguei aqui depois de ganhar 13 títulos”

A vencer após o golo inaugural de Rafael Leão aos 43’, o Milan viu o Bolonha iniciar a reviravolta num lance carregado de polémica aos 48’: a bola pareceu tocar na mão de Fabbian antes de seguir para Santiago Castro, que encostou para a baliza à guarda de Maignan, mas o lance foi validado após revisão do VAR. “Há uma mão flagrante. Nós também cometemos erros, mas os episódios de arbitragem foram decisivos para o resultado final. O critério que o árbitro teve em algumas faltas acabou por pesar muito”, queixou-se o ex-treinador do FC Porto.

“Preparámos bem o jogo e tivemos uma boa primeira parte. Depois houve episódios que são culpa nossa e outros que são de outras pessoas. No segundo golo, vi que a bola tinha saído porque estava na linha. Não percebo porque é que o VAR não intervém”, salientou Conceição.
Os rossoneri ocupam agora o oitavo posto na Série A, a oito pontos do quarto (Juventus), apontado como o objetivo mínimo da temporada (último a valer o acesso à Liga dos Campeões).