Sérgio Conceição: "Leão? Sei como as coisas funcionam. Eles têm de acreditar..."
Declarações de Sérgio Conceição em conferência de imprensa de antevisão ao Milan-Cagliari, jogo marcado para sábado (19h45) e relativo à 20.ª jornada da Serie A
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Depois da conquista da Supertaça de Itália, o quão importante é manter os pés no chão? “Penso que que quem fica satisfeito com uma Supertaça não pode trabalhar no Milan. Desfrutámos disso e merecemo-lo, mas estamos a 17 pontos do topo da tabela. Um clube que venceu 19 Series A e sete Ligas dos Campeões não pode ficar satisfeito com uma Supertaça. Temos de começar a ganhar e a convencer, começando já amanhã, de forma a subirmos o mais alto possível. A Supertaça acabou”.
O que sentirá amanhã quando se estrear em San Siro? “Peço desculpa, mas aqui não há emoções. Existe a adrenalina normal de um jogo com um clube histórico, mas durante a preparação tenho demasiadas coisas na cabeça, não penso no que vou experienciar. Certamente que irei sentir alguma vez coisa antes de o árbitro apitar, não sou feito de pedra, mas o meu pensamento principal é preparar os rapazes o máximo possível”.
O que fez de diferente para conseguir uma reação de Theo Hernández e Rafael Leão na final? “Mudar de staff já é algo diferente. Eu fui futebolista durante 25 anos e sei como as coisas funcionam. Eles têm de acreditar na tua mensagem. Uma coisa agradável que encontrei aqui foi essa aceitação de tudo o que temos trabalhado. Fizemos alterações ao nível organizacional e isso deixa-me feliz. Encontrei um balneário muito positivo”.
Qual a melhor formação tática para o Milan e importância de Leão: “Hoje em dia, um meio-campo a três pode parecer mais seguro para a equipa. Quando existir um pouco de conhecimento sobre aquilo que queremos, também podemos jogar em 4-4-2. Isso demora tempo, é normal, mas durante o jogo mudo se algo de diferente for preciso, é para isso que me pagam, para ajudar a equipa a partir daquilo que vejo. Trabalhamos situações diferentes nos treinos e o jogador atual é inteligente, tem de saber o que tem de trabalhar e depois fazer o seu melhor. Rafa? Tem de correr. Enquanto extremo ou avançado, tem de colocar a sua qualidade ao serviço da equipa, mesmo sem bola. Estamos a falar de um processo coletivo, não individual”.