O Dia da Mãe celebra-se em Itália no dia 11 de maio e, para comemorar a data, o Milan entrevistou Sérgio Conceição, que falou sobre a mãe Maria Alice, que morreu aos 57 anos, quando o treinador português tinha 18 anos
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Algumas frases fortes da entrevista:
"Crescemos em dificuldades, muitas, só o meu pai trabalhava, a minha mãe cuidava de todos os filhos com muito amor e carinho. Era uma mulher de referência: se me perguntam quais foram os momentos mais felizes da minha vida, é também nela que penso e tenho saudades."
"Este percurso familiar deu-me força: quando tinha quatro anos, perdi um irmão com 12 anos. Depois o meu pai morreu quando eu era novo, a minha mãe, após um AVC, ficou paralisada do lado esquerdo, não era autónoma. Em criança, ajudava-a em tudo: no banho, na alimentação. Experimentei um amor ainda maior que não consigo explicar por palavras. Em termos de dinheiro, não tínhamos nada, mas tínhamos um grande amor. Lembro-me de uma frase: “Quem tem uma mãe é rico e não sabe”, é verdade. Quem tem a sua mãe e os seus pais, vivos e de boa saúde, é rico e não o sabe."
"Ela nunca me ralhou, o meu pai era duro e difícil. A minha mãe protegia os filhos, tinha sempre uma boa palavra. Até aos 18 anos, vivi momentos felizes com ela, com tanto amor, sou repetitivo, é verdade, mas é difícil transmitir o que sinto. A dor está sempre presente, mas já me habituei a ela."
"Quando ganho, as primeiras palavras são sempre para eles, pelo que me deram, pelo que me ensinaram mesmo sem falar. Transmitiram-me valores importantes que são a base do meu caráter e da minha personalidade. Quero ter êxito por eles."
"Um desejo para todas as mães e mulheres deste mundo: é graças a elas que o mundo continua. Espero que aqueles que têm a sorte, a riqueza de ter, neste caso, uma mãe, aproveitem a oportunidade para dizer “amo-te”."