Só cinco treinadores conseguiram festejar duas vezes numa temporada pelos rossoneri, que não alcançam a façanha desde 2007/08 e já não marcam presença na final da Taça há sete anos
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O Milan joga esta quarta-feira a presença na final da Taça de Itália, fase onde não chega desde 2017/18, quando perdeu por claros 4-0 com a Juventus. Esta noite, os nerazzurri “visitam” o eterno rival de Milão, o Inter, depois do 1-1 “em casa” na primeira mão das meias-finais, no passado dia 2.
Depois de ter levado o Milan à conquista da Supertaça, logo em janeiro, Sérgio Conceição procura alcançar um feito que o clube persegue desde 2007/08: celebrar dois troféus numa época. Carlo Ancelotti foi o último treinador a consegui-lo, vencendo na altura a Supertaça Europeia (3-1 ao Sevilha) e o Mundial de Clubes (4-2 ao Boca Juniors).
Muito criticado pela inconstância de resultados no campeonato, no qual o Milan ocupa um dececionante nono lugar, a seis pontos das posições europeias, o treinador português tem nesta competição um farol para justificar a permanência no cargo: é que, em toda a história do clube, só cinco (míticos) treinadores conquistaram dois troféus numa mesma época. E nenhum deles foi despedido no fim de uma dessas épocas – o único que não continuou no cargo foi Arrigo Sacchi, em 1991, mas por iniciativa própria.
“Os grandes clubes aspiram a ir longe em todas as competições. É um jogo crucial para nós, queremos muito ganhar e dar este troféu aos adeptos. Vai ser a quarta vez que defrontamos o Inter esta época e é o jogo mais importante de todos – e os jogadores estão conscientes disso. Vão ver um Milan muito competitivo e cheio de confiança. Temos muita ambição e motivação, e espero a nossa melhor versão”, salientou ontem Sérgio Conceição, assumindo que, “para um clube como o Milan, chegar à final da Taça de Itália deveria ser normal”. “Uma época positiva era ganhar o Scudetto e ir longe na Liga dos Campeões”, asseverou.
Esta época o Milan ainda não perdeu com os nerazzurri: ganhou por 2-1 na primeira volta da Série A, ainda com Paulo Fonseca, e por 3-2 na final da Supertaça, já com Conceição, empatando depois 1-1, de novo para o campeonato e também na primeira mão destas meias-finais. O Inter lidera o campeonato e está nas meias-finais da Liga dos Campeões, numa realidade que não preocupa o treinador português. “Neste tipo de jogos não importa quem é considerado favorito. Nós também temos qualidade. Estragar a tripleta do Inter? A nossa motivação não vem do adversário, mas sim do nosso trabalho diário, do que fazemos para criar problemas ao adversário. Esse tipo de conversa não entra no nosso balneário”, sentenciou.