Em entrevista ao The Guardian, o treinador que está prestes a deixar oficialmente a liderança do Manchester City a Pep Guardiola revela que, se não tiver uma proposta de trabalho interessante, vai parar, e pode ser de vez.
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"Se não tiver uma opção interessante, vou parar até encontrar uma. Se tiver de para [completamente], páro. Pode ser agora, até Dezembro, por um ano ou para sempre. Claro que teria saudades. O desafio faz-me sentir vivo." Manuel Pellegrini resume assim as perspectivas de futuro, depois de deixar o Manchester City. Em entrevista ao diário britânico The Guardian, o treinador que será substituído por Pep Guardiola admite que, se fosse hoje, talvez repensasse o anúncio do sucessor, no início do ano, com tanta antecedência, face à quebra nos resultados que se lhe seguiu.
"A decisão foi minha", conta o chileno, 62 anos: "Depois de Guardiola dizer que vinha para Inglaterra [em Janeiro], decidi assim, porque os media só falavam de Guardiola aqui, Guardiola no Arsenal, Guardiola no Manchester United. Não era justo para todos os treinadores - quando todos sabiam que ele vinha para aqui."
Hoje, a opção parece-lhe discutível. "Se perguntar se o faria de novo... tenho algumas dúvidas", admite: "Foi tão difícil trabalhar, a partir daí. Não para mim, mas para os jogadores." "Quando olhamos para a consequência, perder três jogos seguidos, quando vimos a ganhar há uns cinco", recorda, isso é um sinal de que "qualquer coisa se quebrou no grupo" e não adianta apontar a natural motivação de qualquer atleta de alta competição. "Veja o que aconteceu no Chelsea", aponta, numa alusão ao péssimo desempenho da equipa campeão de 2015. "O mesmo treinador, os mesmos jogadores - é o futebol."