Jesse Marsch, norte-americano que orienta a seleção do Canadá desde 2024, pediu que o presidente do seu país pare de defender que o Canadá se deveria tornar no 51.º estado dos EUA, dizendo que é um discurso "desconfortável e francamente insultuoso"
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Jesse March, treinador norte-americano que orienta a seleção canadiana desde 2024, criticou esta semana Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pela forma como tem vindo a defender que o Canadá se deveria tornar no “51.º estado” do seu país.
Em antevisão à final four da Liga das Nações da CONCACAF, em que o Canadá vai defrontar o México em 21 de março, no mesmo dia em que que os EUA medem forças com o Panamá, o selecionador canadiano admitiu que esse discurso recente de Trump só serviu dar motivação extra à sua equipa, mas não deixou de o criticar.
“Estes torneios internacionais agora significam algo diferente para o Canadá e, enquanto norte-americano, achei desconfortável e francamente insultuoso. O Canadá é uma nação forte e independente, que está enraizada na decência e que valoriza a ética e o respeito, em contraste com o clima polarizado, desrespeitoso e agora francamente odioso que existe nos Estados Unidos”, começou por comparar Marsh, ex-adjunto da seleção norte-americana, elogiando de seguida a diversidade, união e orgulho dos seus jogadores em representarem o Canadá.
“Se eu tivesse uma mensagem para o nosso presidente, seria para deixar de lado a retórica ridícula que apresenta o Canadá como o 51º estado. Como norte-americano, sinto vergonha da arrogância e do desprezo que mostrámos a um dos nossos aliados históricos mais velhos, mais fortes e mais leais. Mas uma coisa é certa, isto irá alimentar o nosso desejo de representar esta equipa no torneio”, rematou.