"Sabíamos que a pressão do Benfica não ia ser igual com o passar do tempo", disse Abel
Abel Ferreira elogiou o Benfica e Jorge Jesus
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Depois de eliminar o Benfica, Abel Ferreira, treinador do PAOK, admitiu que "se a eliminatória fosse a dois jogos ia ser muito difícil" para a sua equipa. "Jogámos frente a uma grande equipa, tem um dos grandes, se não o melhor treinador português da atualidade. Estamos de parabéns pelo jogo que fizemos", considerou o técnico português da equipa grega que depois de derrotar o Benfica, por 2-1 (autogolo de Vertonghen, Zivkovic e Rafa nos descontos) segue para o play-off da Liga dos Campeões, onde vai defrontar o Krasnodar, da Rússia.
"Jogámos contra uma grande equipa, não defrontámos uma equipa qualquer. O adversário tem muita qualidade, é bem orientada, tem grandes jogadores. Vocês viram o Crespo a dizer em três frases como tínhamos de fazer. Defender muito o jogo interior, e procurar sair em transições", adiantou Abel Ferreira na conferência de imprensa após o final do 49.º jogo no comando da foramção grega e em que somou a trigésima vitória..
Rota certa
"Sabíamos que a pressão do Benfica não ia ser igual com o passar do tempo. Já disse várias vezes que há jogos em que atacamos no mesmo patamar, quando as equipas são do nosso nível. Quando jogamos com equipa como o Larissa atacamos no patamar de cima, frente a equipas como o Benfica tínhamos de atacar de baixo para cima. É ajustar as velas em função do vento. Tínhamos de escolher a rota certa para este jogo. Tínhamos de ter menos ataque posicional e mais transição. Não há sistemas de jogo perfeitos".
Concorda com Jesus que com outra a finalização podia ter sido de outra forma?
"Os jogos de futebol são mágicos por isto mesmo. Todas as equipas de futebol têm uma possibilidade de ganhar. É verdade que foi o primeiro jogo oficial do nosso adversário. Fui jogador e sei como é, mesmo com craques e jogadores de topo. Ainda não está tudo bem afinado. O PAOK tem um treinador que está há um ano a trabalha com esta equipa. Se por um lado a qualidade individual do nosso adversário, treinador e jogadores, era muito, muito melhor, havia detalhes que eram a nosso favor. Uma ideia de jogo mais cimentada, como a nossa, mistura de jogadores experientes com irreverentes e que querem mostrar que podem também jogar no Benfica, e nós sabemos que o futebol é eficácia. Teríamos de ser muito competentes a defender, trabalhar muito e aproveitar o nosso talento. Se tivesse perdido o jogo eu e os meus jogadores éramos os mesmos e ganhámos e vamos continuar a ser os mesmos. No futebol não gosto do 8 e do 80, hoje és bom, amanhã és mau. Há muita gente que não percebe, mas isto é um jogo, não é de vida e de morte".
Giannoulis pode sair?
"Giannoulis é jogador-chave para nós. Vou tentar convencê-lo e ao nosso dono a ficar com ele e vendê-lo no final da época. Se ele sair vai ser impossível arranjar um jogador da qualidade dele. Já treinei grandes jogadores, mas como este nenhum. Espero que ele fique, para bem do clube e meu", completou.