"Se ajudar, espero que uma bandeira da Palestina me anule um golo"

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Borja Iglesias regressou às opções de Espanha depois de ter renunciado à seleção em 2023, na sequência do caso Jenni Hermoso, e admitiu esta quinta-feira que não esperava voltar a representar a "La Roja", que vai receber a Geórgia (sábado) e a Bulgária (terça-feira), em jogos da qualificação para o Mundial'2026, nesta pausa internacional.

Em direto à rádio Onda Cero, o avançado de 32 anos, que leva seis golos em dez jogos pelo Celta de Vigo esta época, também explicou o porquê de ter decidido voltar à seleção, isto depois de ter renunciado "até que as coisas mudem" na Real Federação Espanhola de Futebol e tipos de atos como o beijo não consentido do ex-presidente Luis Rubiales a Hermoso, após a conquista do Mundial feminino de 2023, acabassem de vez.

"Creio que houve mudanças, departamentos que tomaram decisões. O que sucedeu foi algo que não me parecia bem. Recebi muito carinho e agradecimentos das mulheres da seleção. Não gostei do que se passou na final do Mundial feminino com Rubiales e sentia que o tinha de dizer. Dizê-lo é dar importância a coisas que acontecem e pode ajudar. De la Fuente [selecionador masculino de Espanha] sempre falou muito bem de mim e agradeço-lhe por isso", começou por referir, acrescentando: "Não esperava [ser convocado]. Entendia que era difícil estar na seleção e pensava que não ia ser opção. Não sei se ir ao Mundial é uma possibilidade".

"Gosto de lutar por coisas que creio que se podem melhorar. Sempre fui muito reivindicativo, creio que temos de ser muito conscientes daquilo em que podemos ajudar. Oxalá que, se ajudar, quando eu for rematar à baliza, alguém apareça com uma bandeira da Palestina e o golo seja anulado. Sou responsável por aquilo que digo, aquilo que as pessoas interpretam já não é culpa minha", finalizou Iglesias, contundente.