Luiz Felipe Scolari regressou ao futebol brasileiro e a uma casa que bem conhece, o Palmeiras. À chegada a um clube que pretende ganhar tudo, teve de falar de quando perdeu.
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Após o quarto lugar do Brasil no Mundial brasileiro, Felipão exilou-se na China, onde somou milhões à conta bancária e um punhado de títulos ao currículo, em três anos ao serviço do Guangzhou Evergrande.
Pretendido pelo Sporting, respondeu não ser o momento para regressar à Europa, acabando por se comprometer com o Palmeiras. Sexta-feira apresentou-se para cumprir a terceira etapa no emblema paulista. Como seria de esperar, pretendia falar de perspetivas e do trabalho a desenvolver, mas percebeu que continua a carregar nas costas o peso da humilhação brasileira ante a Alemanha (7-1) em 2014.
Scolari puxou dos galões e defendeu-se: "O Brasil foi campeão mundial em 2002 e eu estava na equipa. O último derrotado no campeonato do mundo não fui eu. Já passou. Eu não sou o último derrotado no Mundial. O Brasil foi o quarto classificado no Mundial de 2014 e nós sabemos, todos vocês sabem, que ninguém vai mascarar a derrota que sofremos, mas a vida continuou."
Para o treinador, "um resultado negativo não apaga 99 positivos", por isso diz que seguiu em frente: "Não posso ficar a pensar nisso, como não penso em 2002. Já passou, encerrou. Não perdi sozinho em 2014, não ganhei sozinho em 2002. Ganhamos nós, perdemos nós."
No espaço dedicado ao Palmeiras, manifestou desejo de vencer todas as provas em que participar.