Scaloni recorda caminhada no Mundial'2022 e aponta: "Treinar Messi não é difícil"
Campeão do Mundo pela Argentina, o selecionador recordou ao "El Partidazo de la COPE" a caminhada da seleção no Mundial'2022 e explicou como é treinar Lionel Messi.
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Lionel Scaloni, selecionador que levou a Argentina à conquista do Mundial'2022, recordou esta terça-feira a caminhada da seleção no torneio, revelando que o seu pai já estava convencido sobre o desfecho final do torneio ainda antes de começar.
"O meu pai teve um derrame cerebral e só consegue mover uma mão. E antes do Mundial, ele fez um sinal com essa mão, como se estivesse a ganhá-la. Eu disse-lhe: 'Pai, pára com isso, mete a mão para baixo'. Ele sempre foi muito otimista e estava convencido de que isto iria acontecer", contou, em direto para o programa "El Partidazo de la COPE".
"O Mundial foi um filme e uma incrível jornada. A chave para a conquista do torneio foi termos desfrutado, mesmo sabendo o quão difícil era e que todos poderiam vencer", acrescentou Scaloni.
Sobre a final do Mundial, em que a Argentina venceu a França por 4-3 no desempate por grandes penalidades, Scaloni admitiu que, se voltasse a ser jogador, não teria lugar na seleção por não ter qualidade suficiente.
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"A conversa técnica na final foi muito emotiva. Eu emocionei-me e não pude continuar. Sentiámos que era um momento espetacular. Quando uma seleção como a Argentina consegue essa comunhão, torna-se f*****. Eu como jogador tinha muito tomates, coração e garra... Não poderia jogar nesta seleção argentina. Não teria lugar, nem sequer para acompanhar, como fiz no Mundial'2006. O nível subiu muito. Eu era parecido com De Paul, mas ele é muito melhor jogador", considerou o selecionador.
Por fim, Messi. Questionado se o astro argentino é superior a Diego Maradona, que também levantou um Mundial pela Argentina (1986), o técnico declarou a sua preferência por "La Pulga", explicando como é treinar o "melhor jogador da história".
"Treinar Messi não é difícil. A nível técnico, não podes corrigir nada, mas há alguns momentos em que há uma pressão ou uma maneira de atacar que podes explicar. Coisas como pressionar, roubar bolas e quando há sangue, mas ele é o número um", salientou Scaloni.
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