São portugueses e dominam o futsal na Islândia: "Comigo é Otávio e mais dez"
Portugueses campeões de futsal na Islândia vão formar equipa de adeptos, mesmo tristes por não terem sido lembrados
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Não faltará apoio português à seleção em Reiqueavique, já que a Islândia tem sido ultimamente destino tentador de muita alma lusitana na busca de diversos tipos de trabalho. Vozes bem alinhadas, sentimentalmente muito ligadas, as dos vários jogadores do FC Isbjorninn, campeões em título de futsal na Islândia, aspirantes mesmo a participação na Champions da modalidade.
Apesar de terem sido recentemente alvo de uma reportagem de O JOGO pelo feito protagonizado, não foram contemplados por uma palavra da Federação nesta deslocação de Portugal a Reiqueavique. Mesmo já entusiasmados pelo jogo, nem todos conseguiram comprar ingressos, que rapidamente esgotaram.
O capitão Rui Pereira, que trabalha também como pintor, não esconde a satisfação de ver Portugal na capital islandesa. "Foi pena não terem falado connosco, até porque em 2010 quando estiveram cá o nosso fisioterapeuta, mais antigo aqui no país ainda privou com o Nani e o Raúl Meireles. Não posso negar o prazer de ver uma estrela como Ronaldo fazer um jogo tão importante para ele", conta Rui Pereira, conhecido por Ruizinho, atrevendo-se num onze: "Comigo seria Diogo Costa, Cancelo, Pepe, Rúben Dias e Raphael Guerreiro; Bernardo Silva, Vitinha, Otávio e Bruno Fernandes. Na frente deixo para si tirar um entre Ronaldo, Félix e Rafael Leão", atira o capitão do futsal do Isbjorninn.
"São muitas dores de cabeça para o treinador, muitas opções e muitas estrelas. Acho que podíamos amassar mas como esta Islândia está fraca vamos jogar a passo e vai acabar por chegar", afirma.
Amigo de trabalho é Vítor Moura, um dos grandes goleadores das divisões inferiores de Portugal nos anos 90, conquistando ainda méritos na Liga 2, apesar de ter sido no Infesta que foi o verdadeiro homem golo do reinado de Augusto Mata, o técnico que quase treinou 30 anos a mesma equipa. Antes de emigrar para a Islândia, Moura ainda jogava pelos veteranos do FC Porto, pelo que o seu onze é marcado por uma certeza.
"Comigo é Otávio e mais dez! Também devia jogar o Leão. Sinto que o selecionador se está a esforçar para ter o povo do lado dele. Sabemos que as opções são sempre discutíveis", observa Moura, triste por não ter havido procura destes ilustres portugueses, campeões no futsal islandês, da parte dos responsáveis. "Eu conheço pessoas mas era preferível lembrarem-se", sublinha Moura, que foi companheiro de equipa no Infesta de Romeu, adjunto de Rui Jorge nos sub-21.
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