Rui Vitória recorda passagem pelo Al Nassr: "Vim do Benfica um pouco às escuras..."
Rui Vitória concedeu esta sexta-feira uma entrevista à estação televisiva BeIn Sports, em jeito de balanço do seu primeiro ano como selecionador do Egito.
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Balanço: "Faltava-me esta experiência de seleção, eu gostava de ter esta visão e em boa hora o fiz. Este tempo de seleção permite ver o futebol de outra maneira. Gostei muito da forma como o projeto me foi apresentado e foi um enorme prazer fazer este contrato de quatro anos. Gosto que as pessoas tenham esta visão de projeto. Estamos com a ideia muito vincada de até 2026 podermos fazer aqui uma evolução muito significativa. Os jogadores aceitaram muito bem as nossas ideias e aquilo que queríamos para o jogo do Egito. E quando os jogadores compram as nossas ideias, fica muito mais fácil. O grande trunfo, na minha perspetiva, foi que acertámos muito bem no modelo de jogo que queremos para a seleção, e os jogadores perceberam muito bem as nossas ideias".
Qual é a sua visão para a forma como o Egito deve jogar? "Ninguém ganha títulos só a pensar em atacar. Um bom ataque ganha jogos, mas uma boa organização ganha campeonatos. As minhas equipas têm que ser muito equilibradas. A minha visão do jogo é uma visão ofensiva, mas não desequilibrada. Queremos sempre um equilíbrio muito grande".
Mohamed Salah: "O Salah é muito importante na nossa seleção. Estes jogadores que são figuras mundiais são mesmo muito importantes nas seleções. Estou a lembrar-me de Messi, Cristiano Ronaldo, Salah, Neymar, Mbappé... As grandes seleções têm um jogador destes. O Salah é um jogador que eu adoro. Adoro-o dentro do campo e adoro-o fora do campo. Representa aquilo que acho que deve ser o jogador e isso deixa-me muito satisfeito. Ainda bem que o tenho".
Passagem pelo Al Nassr: "Foi uma experiência riquíssima. Tinha saído do Benfica, que é um grande clube, e fui para o Al Nassr, em 2019, e vinha um bocadinho às escuras, de quem vem do mundo ocidental para este mundo. Mas foi uma experiência fantástica, fomos campeões e quebrámos um ciclo do Al Hilal. Inicialmente tinha algumas dúvidas, depois gostei muito de ter trabalhado na Arábia Saudita. É evidente que há algumas diferenças entre Europa e Médio Oriente, mas abre horizontes. Vejo com satisfação a abertura do mundo árabe ao futebol e a trazer grandes estrelas. Fico contente de ter tido essa experiência".
Interesse de outros clubes: "É uma realidade. Tive convites de várias zonas. Se me sentir feliz onde estou, é por aí que vou. Quando não me sentir feliz, sou o primeiro a dizer que quero ir embora. Nesta altura da minha vida, é fundamental estar bem comigo mesmo e estar feliz onde estou a trabalhar".
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