Rui Vitória, os títulos e o Spartak: "Passo de 50 graus positivos para 20 negativos..."
Treinador português do Spartak Moscovo em entrevista ao programa "Linha de Golo", da New Men.
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Porquê o Spartak Moscovo? "Escolhi o Spartak porque há esta possibilidade, esta visão de se ganhar títulos. Não quer dizer que ganhemos, mas quando se joga em clubes com esta ambição e filosofia, estamos mais perto de isso acontecer. Depois é o nosso trabalho que pode ajudar a que isso se concretize."
Outras propostas: "Tive essas possibilidades, mas depois com a conversa que fui tendo, com a confiança que me foram transmitindo e a convicção com que sempre manifestaram que me queriam, entendi que era a melhor solução. É uma solução desafiante, uma nova realidade, uma nova cultura, vim de um polo quase oposto, passo de 50 graus positivos para 20 negativos, mas isto é a vida dos treinadores e do futebol. Mas foi essa visão, essa convicção e a possibilidade de ganhar títulos que me aliciou. Está fechado, é um novo capítulo e o foco está já total no Spartak."
Spartak, uma "equipa do povo": "É uma motivação muito grande. Vivemos para resultados, para a nossa carreira, mas também para alegrar muita gente, se possível. Um clube com essa grandeza, esse historial, é muito aliciante. É evidente que nem tudo é perfeito, as coisas podem não correr bem em determinados momentos, mas para nós é quase uma vitamina a existência destas massas com tanta importância nos clubes. A vinda de adeptos e adeptos desta natureza, com uma presença muito vincada, com manifestação em todos os campos, a grandeza também me atrai."
Treinador do Centenário: "É uma responsabilidade, mas ao mesmo tempo muito desafiante. O clube pensou em mim para tentar alcançar títulos. Agradeço muito a confiança, as pessoas entenderam que era eu a pessoa que tinha condições para trabalhar e o que vou fazer é dedicar-me como sempre faço, de corpo e alma, para que todos juntos consigamos atingir esses objetivos."
Treinador de títulos? "Ao longo do tempo, se em algum momento não ganhei um título com um troféu físico, fomos alcançando objetivos que para mim são títulos. Quando se mantém uma equipa na primeira divisão, quando se chega a competições europeias, isso são títulos, aliados a esses há os outros que também criaram em mim um gostinho de viver esta experiência de ganhar. E quando se começa a tomar esse gosto, como aconteceu nos últimos anos, essa possibilidade de estar sempre a ganhar títulos, isto parece que motiva ainda mais a querer clubes que ganhem títulos, e portanto é tentar dar continuidade a isso."