Rui Vitória e o Egito na CAN: "Escolta policial, trânsito caótico, lasers dos adeptos..."
Entrevista de Rui Vitória, selecionador do Egito, à revista Onze Mondial, na qual antevê as possibilidades de conquista da CAN
Corpo do artigo
Considera o Egito o favorito da competição?
O Egito faz parte desse grupo de favoritos, não podemos esconder isso. Mas África tem seleções de altíssimo nível. As principais seleções do continente têm jogadores a disputar os cinco principais campeonatos mundiais. É uma realidade.
Mas há muitos fatores a serem levados em consideração dos quais podemos não suspeitar. Escolta policial, o trânsito caótico, os lasers dos adeptos, o estado do campo, uma lesão... pequenas variáveis que podem fazer toda a diferença num percurso. Mas não vamos entrar em detalhes. Prometemos trabalhar duro e estamos muito confiantes.
Já se passaram 13 anos desde a última vez que o Egito ganhou a CAN. Sente essa pressão no país?
Sinto uma pressão normal porque estou num país grande. Tivemos uma jornada interessante, mas é preciso lembrar que não é fácil. Quando assinei, comecei um ciclo de quatro anos, com o foco no Mundial de 2026. Enquanto isso, serão duas CAN. Claro que queremos vencer. Mas sou racional, temos uma equipa em desenvolvimento. Estamos todos confiantes, sabendo que é uma competição difícil.
Como gostaria que Rui Vitória fosse lembrado?
Como uma pessoa íntegra. Um treinador que cuidou dos seus jogadores, com uma visão humanista, e não um louco por futebol. Que a minha honestidade e integridade tenham sido reconhecidas é fundamental para mim.