Guarda-redes português está a apenas dois jogos da centena de aparições pelo clube inglês.
Corpo do artigo
Foi no verão de 2018, na sequência do ataque à Academia de Alcochete, que Rui Patrício deixou o Sporting para abraçar o primeiro desafio internacional, ao serviço do Wolverhampton, que, então, tinha acabado de subir à Premier League.
O valor da operação acabaria por cifrar-se nos 18 milhões de euros e o dono das redes da Seleção Nacional não demorou a adquirir o mesmo posto no clube das West Midlands.
Agora, ao cabo de mais de dois anos, Patrício está a apenas dois jogos de atingir as 100 aparições oficiais pelos Wolves e o balanço é francamente positivo.
"Foi uma pechincha. Aliás, tem sido. A única coisa que me surpreendeu foi aquele livre que o Newcastle lhe marcou recentemente. Quando ele sofre um golo, pensas 'oh...' e isso é sinal de que ele faz tudo parecer simples, mantém sempre a calma. Tem bom posicionamento, decide bem e o inglês dele não é assim tão mau", afirmou Matt Murray, antigo guarda-redes do Wolverhampton.
Rui Patrício é um dos três guardiões da Premier League que, esta época, somam quatro jogos no campeonato inglês sem sofrer golos, a par de Emiliano Martínez (Aston Villa) e Alex McCarthy (Southampton). Algo que é prova clara da qualidade do português, de 32 anos:
"Claro que Conor Coady [capitão dos Wolves] é a verdadeira voz de comando, mas o Rui dá informação concisa e clara. Tem uma excelente presença e um bom físico. Algo em que reparei, especialmente depois do confinamento, foi a forma como ele passou a lidar com as bolas que vêm pelo ar. E também se tornou muito bom com os pés, mais preciso. Há guarda-redes de elite como Alisson ou Ederson, mas, pela forma como os Wolves jogam e pelas defesas que ele faz, não há muitos que sejam mais consistentes", rematou Murray, citado pelo jornal Express & Star