Portugal despediu-se do Europeu com apenas um golo sofrido em toda a competição e com o selecionador a não ser claro sobre o futuro
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Terá sido a eliminação de Portugal nos quartos de final do Europeu de 2025 o ponto final na longa carreira de Rui Jorge como selecionador de Sub-21? Questionado sobre um eventual final de ciclo, o treinador foi algo evasivo no rescaldo da derrota (1-0) frente aos Países Baixos: “Não sei. Acho que o meu contrato termina hoje [no sábado]”.
Ora, não se tratando de uma resposta conclusiva – à qual falta ainda o parecer da Direção da FPF, por exemplo –, o adeus ao Europeu, no sábado, abriu a porta à análise pura e dura dos números.
A eliminação de Portugal nos “quartos” do Europeu de Sub-21 pode ter marcado o fim de linha. Após 14 anos no cargo, o selecionador deixou o futuro em aberto depois da derrota frente aos Países Baixos.
É que, se perder com a seleção neerlandesa, jogando em vantagem numérica durante 70 minutos, deixa no ar uma ideia negativa, há outros números que merecem ser chamados à equação, ou seja, os que resultam de 14 anos de Rui Jorge como selecionador Sub-21. Nesse caso, merece ser destacado o facto de a seleção ter vencido cerca de 70 por cento dos jogos realizados, fruto de 91 vitórias em 127 jogos.
Em termos de resultados, a soma de quase 130 jogos no comando da equipa determinou um registo que inclui múltiplas qualificações para fases finais de Europeus da categoria. Destacam-se as presenças em cinco fases finais (2015, 2017, 2019, 2021 e 2023), com o momento mais alto – e, porventura, o mais doloroso – a ter lugar a 30 de junho de 2015, com a derrota diante da Suécia, numa final decidida nos penáltis. Nessa noite, o “vilão” foi William Carvalho, que falhou o penálti decisivo.
Portugal, com Rui Jorge no comando, perderia ainda a final de 2021, por 1-0, diante da Alemanha.