Declarações de Rui Jorge na antevisão à final do Europeu de sub-21, contra a Alemanha, jogado agendado para as 20h00 de domingo.
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Coletivo da Alemanha: "Claramente. Não destacaria jogadores, é uma equipa extremamente coletiva, fazem da agressividade e da velocidade de circulação e da intensidade do passe uma mais-valia que é difícil de contrariar, a projeção dos seus laterais dá uma dimensão ao seu jogo bastante difícil de contrariar. É uma tremenda equipa. Nós sabemos disso, é impossível fugir deste adversário. Vamos tentar estar preparados para o jogo e utilizar a nosso jogo, se calhar mais curto por questões defensivas."
Diferença da final de há seis anos: "Não há nada de diferente. Tenho o mesmo orgulho de estar presente nesta fase da prova e é um orgulho mesmo muito grande. Há a mesma ambição, a mesma vontade, o mesmo trabalho de preparação, espero que o resultado seja diferente, mas se não for a mesma certeza da última vez, em que tudo fizemos para que tudo corresse bem."
Geração experiente: "Estamos no futebol profissional, eles já entraram no futebol profissional há algum tempo. Em relação aos sub-20, eles sabem disso, esse passado. Cada altura tem os seus momentos para provar e devem sentir-se orgulhosos - e não me canso de dizer isto -, têm de se sentirem orgulhosos de todas as finais que conseguiram alcançar. Nos seus respetivos momentos, foram importantes, mas agora nada disso interessa. É uma final, é um momento extraordinário que conseguiram atingir, espero que desfrutem dele e consigam demonstrar o seu valor e continuar a elevar o nome de Portugal, essa é parte mais importante para mim."
Portugal foi campeão europeu de futsal em Ljubljana: "Se acreditasse nessas coisas...(risos) Era bom. O Jorge [Brás] já me mandou uma mensagem também a referir isso, de facto o estádio é ao lado do pavilhão. É apenas uma curiosidade. Não relevo minimamente essas coisas. Que Ljubljana é uma cidade bonita, é. E ficará para sempre na nossa memória também, já passámos aqui muito tempo e já tivemos momentos muito intensos. É uma curiosidade que não vai para além disso."
Sente-se mais confortável do que com Espanha? "Mais confortável não, igualmente expectante. Não me sinto mais confortável com este estilo de jogo, que é diferente. Apesar de sabermos que é um estilo de jogo diferente, vamos tentar que o nosso jogo leve a melhor. Eles são muito mais físicos do que nós. Se formos pelos duelos corpo a corpo, se os deixarmos chegar próximos, vamos ter muitas dificuldades, eles são muito superiores a nós em termos físicos. Se não conseguirmos que o jogo vá para outro nível, poderemos ter muitas dificuldades. Se conseguirmos impor o nosso jogo e que não cheguem próximos de nós, aí poderemos ter alguma vantagem, isso sabemos fazer bem. Resta perceber se conseguiremos fazer suficientemente bem."
Jogadores preparados? "Ainda não fizemos a abordagem estratégica do jogo. Não falamos sobre a Alemanha com os jogadores. A equipa técnica está a trabalhar a Alemanha há alguns dias, em caso de hipótese de nós atingirmos a final e eles também. Já temos alguma matéria em relação a isso. Fizemos o nosso resumo e passá-lo-emos aos jogadores e estrategicamente veremos como abordar o jogo".
Final de 2015: "Tenho de pensar nisso porque tenho recebido várias mensagens de jogadores que estiveram nessa final e sou obrigado a recordá-la. Olho para as finais que conseguimos atingir e nunca será nada perdido. Ficou o sabor amargo de derrota, mas o positivo é muito maior do que o negativo. É preciso muito para atingir este patamar. É mais um jogo."
Agora Portugal é favorito? "É mais um jogo e é isto que vou dizer aos jogadores. Se há frase que não gosto é 'as finais são para se ganhar', as pessoas que a dizem são as mesmas que dizem que os jogos são todos iguais e cada jogo é para vencer. É um lugar comum. Não faz sentido. Não sou muito apologista disso. Para mim, todos os jogos são para serem encarados da mesma forma. O discurso é assim desde o começo, não me interessa ver-me como favorito ou candidato. Interessa-me disputar os jogos da melhor forma."