"Rudi Garcia? Percebi que o devia despedir no dia da sua apresentação"

Aurelio De Laurentiis, presidente do Nápoles, concedeu na quinta-feira uma entrevista ao jornal “Corriere dello Sport”, na qual abordou vários tópicos da atualidade desportiva. 

Um desses temas foi relacionado com a demissão de Rudi Garcia, treinador francês que assumiu o comando do campeão italiano no início da época, mas que não resistiu aos maus resultados, que ditaram a sua saída em novembro. 

Antes de comentar esse desfecho, De Laurentiis aproveitou para revelar os outros candidatos que avaliou para a sucessão de Luciano Spalletti, atual selecionador italiano que treinou o Nápoles na época passada, conquistando o terceiro “Scudetto” da história do clube. 

“A minha primeira chamada foi para Thiago Motta [treinador do Bolonha], mas ele não estava pronto. O legado de alguém que ganhou o Scudetto daquela maneira não é fácil e Spalletti deve ter pensado o mesmo, deixando a cidade como um herói. Então liguei para Luis Enrique [assumiu o comando do PSG]: o pessoal dele veio à cidade, esperei três dias e ele pediu-me muito dinheiro. Quase chegámos a acordo, mas depois ele disse que não, porque queria ganhar ainda mais. Depois veio o Nagelsmann [atual selecionador alemão] e depois o Garcia”, explicou. 

Sobre o técnico gaulês, que registou apenas oito vitórias em 16 jogos, acabando substituído por Walter Mazzarri, o presidente do Nápoles não teve problemas em admitir que perdeu muito rapidamente a fé nas suas capacidades. 

"Percebi que o devia despedir no dia da sua apresentação. Era uma coisa dele. Alguém que chega e diz: 'Não conheço o Nápoles, não vi um jogo...'. Comecei a rir-me, mas ele repetiu mais vezes. Ele só tinha de jogar o mesmo futebol que Spalletti e, em vez disso, fez-me despedir um preparador físico perfeito, para chamar um que, como me disseram, bloqueia os jogadores”, criticou. 

Recorde-se que à 16.ª jornada da Serie A, o Nápoles segue na quinta posição do campeonato, com 27 pontos, estando já a 14 do líder Inter (41).