Juninho Pernambucano, em entrevista ao Maisfutebol, deixa duras críticas ao caráter do novo treinador de Ronaldo no Al Nassr
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Juninho Pernambucano coincidiu dois anos com Rudi Garcia, treinador de Cristiano Ronaldo no Al Nassr, quando este orientou o Lyon. E as recordações não são boas, ao ponto de Juninho deixar duras críticas ao caráter do francês, numa entrevista exclusiva ao Maisfutebol.
"Realmente pensei muito em falar sobre esse cidadão, pois só ao falar o nome dele já sentimos uma pequena falta de energia. Mas como o jogador é o Cristiano Ronaldo, que admiro e respeito demais, resolvi responder. A minha experiência com o Rudi Garcia foi péssima. É o maior mau carácter que conheci em toda a carreira no futebol. Não sabe liderar nada. Lidera pelo medo que impõe nos outros. Só respeita pessoas que têm poder ou de quem ele possa tirar algum proveito na relação", começa por dizer Juninho Pernambucano.
O antigo médio brasileiro que era especialista em livres diretos e depois passou a diretor do Lyon, abordou de seguida a relação entre Rudi Garcia e Ronaldo: "Agora em relação a CR7, ele não ousará fazer nada que atrapalhe, pelo contrário, até servirá o café da manhã para ele se for preciso. Ele vai tentar ser amigo do Cristiano, ser íntimo e fará tudo para isso. Será um sonho para ele ser amigo do Cristiano Ronaldo. Para Rudi Garcia não importa o sucesso da equipa, a harmonia do balneário. Importa que ele seja o centro das atenções, mesmo que seja na crise. Mas como todos os seres humanos altamente frios, ele reconhece os maiores que ele e tenta tirar proveito disso. Cristiano Ronaldo é um dos maiores da história do futebol, uma lenda, e Rudi sabe disso. O que ele mais gosta é de conferências de Imprensa. Se pudesse, ver-se-ia a ele mesmo ao vivo a dar entrevistas. Em dias de conferência parecia uma criança, chegava muito feliz e no fim perguntava-me se tinha visto a conferência. Ele necessita disso, de ser o centro das atenções. Não é evoluído como ser humano, mas sabe que precisa mostrar que é, em algumas situações, conseguindo enganar muita gente."
Juninho insistiu, num discurso duro e ao ataque, onde nem o estilo de jogo e a preparação da equipa escaparam: "No campo é quase tão ruim como em pessoa. Eu via quase todos os treinos. Terminava rapidamente os treinos táticos, praticamente sem repetições dos exercícios para os dois lados, dando pouca importância a qualidade do jogo da equipa. A única coisa boa dele, que serve mais para equipas médias ou pequenas, são as bolas em profundidade. Ele exige muito isso, fazendo a equipa ter bons contra-ataques e sair em velocidade. Mas não sabe da parte técnica, ocupação de espaços, inteligência de jogo, variação entre o curto e o longo, não trabalha a pressão sobre o adversário, só pede que se faça. Também exige uma equipa agressiva e que faça faltas."
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