Declarações de Rúben Dias, central do Manchester City e da Seleção Nacional, em entrevista concedida à Sport TV
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Quão alto podem os portugueses sonhar com o Europeu? “Já o disse várias vezes: com a seleção que temos, podemos sonhar, vamos poder sempre sonhar, não é de agora, sempre tivemos grandes gerações. Podemos sempre sonhar com ganhar. É essa a cultura portuguesa e a cultura que é criada em cada um de nós desde que começamos a jogar e a ir às seleções nas camadas jovens. Essa é a cultura de Portugal. Como tal, todas as ambições são permitidas a um português. Outra coisa é aquilo que temos de fazer e onde temos de ser melhores. E saber que nem toda a qualidade do mundo te ganha assumidamente seja o que for. Vai ser sempre preciso um sacrifício extraordinário, uma dedicação extraordinária e uma capacidade de nos ligarmos entre nós extraordinária. Sem isso, toda a qualidade do mundo não serve para nada. Para além de toda essa qualidade, nós temos grupo de pessoas extraordinário também e, como tal, temos de usar isso da melhor maneira.”
Seleção com mais vontade ainda de afirmar-se depois da mudança de Fernando Santos para Roberto Martínez? “A Seleção sempre teve fome, tanto agora como nos últimos anos e desde sempre. A Seleção tem sempre muita vontade de ganhar, toda a gente tem uma vontade enorme de representar o país. Quando chegam estes momentos toda a gente quer estar presente, toda a gente quer estar lá dentro. Juntando a nossa qualidade à festa, esperemos que possamos fazer coisas bonitas pelo nosso país.”
Mensagem para os portugueses: “Acima de tudo temos muita consciência da equipa que temos, do valor e da qualidade que temos. Temos também consciência de que qualquer tipo de euforia não é benéfica, nem para nós, nem para o nosso país. Nesse sentido, acho que as pessoas podem estar mais do nosso lado do que nunca, no sentido de trazer essa positividade e não falsas expectativas, porque todos nós sabemos que podes ter a melhor equipa do mundo, mas isso não significa nada. No momento, como as coisas estiverem, conforme nós tivermos essa capacidade de nos conectarmos entre todos, isso sim fará a diferença. Para isso, nada mais ajuda do que um país positivo, a procurar soluções e não problemas, a procurar positividade e não conflitos. Tudo isso, a boa energia que certamente nos ajudará nos momentos mais difíceis. Temos consciência daquilo a que vamos, mas se queremos realmente ganhar alguma coisa, vamos precisar de um país inteiro por trás de nós. A minha palavra seria de coesão, estarmos todos juntos e na mesma onda.”
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