Declarações de José Mourinho, treinador português presente esta quarta-feira numa homenagem do Rio Ave aos finalistas da Taça de Portugal de 1984, equipa orientada pelo seu pai, Félix Mourinho
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Sensações de ter acompanhado uma época histórica do Rio Ave, na altura treinado pelo seu pai, Félix Mourinho: “Obviamente que o Rio Ave desde aí subiu e jogou na final da Taça, mas ele conseguiu isso num Rio Ave completamente diferente, com um grupo de rapazes fantástico. Eu vivi isso tudo cá antes de entrar na faculdade e podem imaginar que com 18 anos foi um ano cheio de recordações”.
Félix Mourinho: “Claro que é uma inspiração. É como eu dizia, sempre foi difícil carregar o peso de ser filho de quem era, pela dimensão humana de alguém que como homem roçava a perfeição. É um peso que carrego com orgulho”.
Legado do seu pai foi algo que lhe deu força na carreira? "Nesse aspeto não, sempre fiz a carreira com naturalidade, nunca fui atrás de nada com obsessão. A sensação que tenho hoje ao falar com a minha mãe é que o orgulho que ele sentiu em relação a mim foi o mesmo que tive como filho”.
Que projetos tem para a sua carreira: “Não tenho projetos, aquilo que acontecer vai acontecer. Eu sei que o peso da minha história é pesado e que, quando treino equipas não talhadas para ganhar, as pessoas esperam que ganhe sempre. Nos últimos dois anos estive em duas finais europeias e quero mais. Quero voltar a treinar porque é uma parte fundamental da minha vida, sem isso não há felicidade”.
Rúben Amorim encaixaria bem na Premier League? “Também é uma pergunta que não devia responder. O que posso dizer? Gosto dele como pessoa e treinador, acho que tem condições para treinar em qualquer Liga e clube, mas está numa Liga boa e num grande clube. A decisão é dele e dos clubes que o queiram ou não. O que fica claro da minha parte é que gosto da pessoa e do treinador”.