Após a derrota frente ao Nottingham Forest, de Nuno Espírito Santo, o técnico português do Manchester United foi questionado sobre os bons momentos que vivem Antony e Marcus Rashford, cedidos em janeiro ao Bétis e Aston Villa, considerando que ambos tiveram tempo suficiente para se provarem em Old Trafford
Corpo do artigo
Após a derrota do Manchester United em casa do Nottingham Forest (0-1), do compatriota Nuno Espírito Santo, em jogo da 30.ª jornada da Premier League, Rúben Amorim não escapou a perguntas sobre dois jogadores que “dispensou” em janeiro e que têm “renascido” noutros clubes.
Após um jogo que foi decidido com um golo do ex-United Anthony Elanga (5’) o técnico português foi abordado sobre os bons momentos que vivem Antony e Marcus Rashford nos seus empréstimos ao Bétis e Aston Villa, respetivamente, considerando que ambos tiveram tempo para se provarem em Old Trafford e apontando também à “pressão” de representar um clube como os “red devils”.
“Estamos a falar sobre jogadores que vieram do Manchester United e que têm estado bem, mas eles tiveram as suas chances aqui. No Manchester United, não tens tempo. Eu digo a toda a hora que não terei tempo e que temos de fazer isto rápido. Aqui, a pressão às vezes é demasiado grande e não tens tempo, e deves tê-lo para que estes jovens se desenvolvam, mas para isso precisas de uma base forte que apoie estes miúdos. Se não tivermos essa base forte, não vamos ajudar os nossos jovens. Eles tiveram as suas oportunidades e às vezes o futebol é assim, a pressão de jogar no Manchester United é muito grande”, referiu.
Já sobre a derrota, Rúben Amorim garantiu que continua a ver melhorias no jogo do United e, apesar de criticar a forma como a sua equipa sofreu o golo de Elanga, frisou que a sua exibição merecia mais do que uma derrota.
“Estávamos bem no jogo, a controlá-lo, e depois, numa transição a partir de uma bola parada nossa, [tudo muda]. Não podemos sofrer este tipo de golo, já sabíamos que o Nottingham podia marcar após ganhar segundas bolas, mas sofremos e depois fica mais difícil vencer esta equipa. É sempre frustrante quando não ganhas, especialmente porque, se virem o jogo, merecíamos mais do que uma derrota. É mais frustrante quando vês que o adversário é melhor do que tu, mas não foi esse o caso hoje”, lamentou.
“Tem sido mais ou menos o mesmo desde que esta época começou. Se virem o jogo, estamos a melhorar na forma como jogamos futebol. Estamos a criar mais oportunidades e a dominar mais jogos, mas, no final, quando não ganhas, dá para senti-lo e isso é bom. Sabemos que o ritmo desta época vai ser assim, por isso, seguimos para o próximo jogo”, finalizou.
Com a vitória, o Nottingham de Nuno reforçou a terceira posição da Premier League (57 pontos) e aproximou-se do “vice” Arsenal, que tem mais cinco pontos (e um jogo a menos), enquanto o United de Amorim segue em 13.º, com 37, podendo vir a ser alcançado pelo Tottenham (14.º) e Everton (15.º).