Clubes da capital italiana deslocaram-se até a Basílica de São Pedro para tributo ao Santo Pontífice
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Não existem muitos registos da união entre Roma e Lázio ao longo da história e, apesar dos dois clubes se terem deslocado, esta quinta-feira, à Basílica de São Pedro, acabaram por não se cruzar, ao contrário do que chegou a ser noticiado. A comitiva da Roma abandonou o local ainda de manhã, enquanto que a Lázio só chegou de tarde.
Claudio Ranieri, Dybala, Paredes, Soulè, Cristante, Mancini e Pellegrini foram os representantes Giallorossi. Na comitiva da Lázio estiveram presentes o treinador Marco Baroni e o presidente Claudio Lotito, além de alguns nomes do plantel principal, como Zaccagni, Pedro e Rovella.
A rivalidade entre Roma e Lázio ultrapassa as fronteiras do desporto. O “Derby della Capitale” demonstra o contraste entre ideias sociais, políticas e históricas. Tradicionalmente, os adeptos da Roma são associados a pessoas de camadas populares, enquanto que os adeptos dos Biancocelesti estão concentrados nos bairros mais abastados da capital italiana. A Lázio aparece também muitas vezes associada ao fascismo italiano, na medida em que muitos adeptos protestam contra a contratação de atletas negros ou de origem judaica.
“Ao longo dos anos, o Clube Desportivo Lázio teve uma relação especial com o Santo Padre, ligada pela paixão comum pelo futebol e por numerosas iniciativas caritativas e sociais partilhadas com a Santa Sé. Neste momento de dor e reflexão, a Lázio recorda com carinho e gratidão o Papa Francisco, um exemplo de humanidade e generosidade, capaz de aproximar mundos diferentes através de valores universais como a solidariedade, a misericórdia, a paz e o diálogo”, lê-se num comunicado emitido pelo clube.