Duro comunicado das instituições que defendem os interesses da Imprensa italiana.
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A Roma de José Mourinho negou o acesso dos jornalistas ao centro de treinos nos primeiros jogos de pré-temporada, frente a Montecatini e Ternana, tendo a decisão sido muito contestada e levado a um duro comunicado da União da Imprensa Desportiva Italiana e da Federação Nacional da Imprensa Italiana (USSI e FNSI, respetivamente).
""Existe um interesse geral na informação, e este interesse implica, num regime de democracia livre, pluralidade de fontes de informação, livre acesso às mesmas, ausência de obstáculos legais injustificados, mesmo temporários, à circulação de notícias e ideias". Isto foi estabelecido pelo Tribunal Constitucional no seu acórdão 105/1972, o qual foi ignorado ou, em qualquer caso, ignorado pelas disposições emitidas pela AS Roma relativamente à acreditação para sessões de treino de primeira equipa", começa por ler-se.
"Existem restrições claras e inaceitáveis ao direito de noticiar e ao pluralismo da informação, mas também ao exercício do direito ao trabalho, que é negado aos colegas jornalistas e fotógrafos. A inaceitável limitação ao direito de comunicar notícias colocadas pelos AS Roma diz respeito a todas as áreas de informação. Foi negado aos jornalistas o acesso para o primeiro jogo amigável da época. Este será também o caso do segundo. Na segunda parte da temporada, em Portugal, apenas algumas vezes em 12 dias será possível entrar no centro desportivo onde a Roma vai jogar e ver as sessões de treino. O direito à informação, o direito dos leitores, espectadores e ouvintes a serem informados deve ser garantido", conclui o comunicado.