O extremo do Real Madrid também abordou a sua chegada ao clube, em 2019, admitindo que se assustou quando se deparou pela primeira vez com Zidane, que treinava a equipa na altura
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Rodrygo, extremo do Real Madrid, concedeu esta terça-feira uma entrevista ao jornal El País, no mesmo dia em que o gigante espanhol visita os alemães do Leipzig na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões (20h00).
Um dos temas abordados pelo extremo brasileiro, de 23 anos, foram os vários casos de racismo a que o futebol espanhol tem assistido nos últimos anos, com especial foco no seu colega de equipa e compatriota, Vinícius Júnior, mas não só.
“Está a acontecer muitas vezes, não só comigo. Aconteceu com Vini e com outros jogadores também. Estamos num momento muito triste, ainda haver pessoas assim... Tento não olhar para as redes, mas é normal que veja alguma coisa. Mas tenho a cabeça tranquila e creio que os outros jogadores também, estou convicto de que vamos superá-lo”, defendeu, explicando que recorre muitas vezes às redes sociais para tentar combater a discriminação racial.
“É o que tento fazer. Sei que com o Instagram podemos alcançar muita gente. Temos [os jogadores de futebol] muitos seguidores e algo que colocamos ali pode mudar muitas coisas. Tento sempre colocar algo quando acontece uma situação [racista], tento dar o meu apoio”, referiu.
De resto, Rodrygo também recordou o seu primeiro dia enquanto jogador do Real Madrid, em 2019, depois de ter sido contratado ao Santos.
“Tive um pouco de vergonha de chegar aqui, com tantos grandes jogadores. O treinador era Zidane e, quando o vi pela primeira vez, a verdade é que me assustei. Mas foi um momento muito bonito e depois já falei com ele. Esse dia foi um sonho para mim”, admitiu.
Na presente temporada, a quinta que atravessa na capital espanhola, o extremo soma 13 golos e sete assistências em 34 jogos disputados até ao momento.