Roberto Martínez: "Fernando Gomes? O que fez nestes 13 anos é um exemplo"
Declarações de Roberto Martínez em conferência de imprensa de antevisão ao Croácia-Portugal, jogo marcado para segunda-feira (19h45) e relativo à sexta jornada da fase de grupos da Liga das Nações
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Sendo um jogo para cumprir calendário, vai pedir que os jogadores mantenham os níveis altos? O que disse no intervalo do jogo com a Polónia? “Acho que, jogando pela Seleção, é importante demonstrar sempre a mesma energia. Contra a Polónia a nossa primeira parte foi muito má, faltou-nos energia, execução e procurar os espaços que precisávamos de encontrar. No geral, já estamos há perto de dois anos a trabalhar juntos e podemos ajudar os jogadores a reagir em momentos difíceis. No geral, amanhã é um jogo para os jogadores terem muita energia e também olharem para trás é importante. Em setembro, outubro, fizemos sempre mudanças e acredito que os jogadores precisam de ter energia. Há jogadores com mais de 1500 minutos de época e amanhã teremos jogadores frescos e com clareza”.
Portugal não terá os jogadores mais experientes neste jogo. Quem vê neste lote que possa ter esse perfil? “Amanhã teria oito jogadores com experiência, com muitas internacionalizações, mas o que nós temos é um grupo com muito compromisso, valores de equipa que demonstrámos no Europeu e talento. São jogadores com uma formação fantástica, num bom momento e agora temos a oportunidade de defrontar uma equipa muito evoluída tecnicamente, será um desafio para nós sem bola. Temos de mostrar boa sincronização, foco e defender bem contra uma Croácia que joga bem com bola há vários anos. Acredito muito nos jogadores que temos aqui e é nestes jogos que podemos avaliar jogadores”.
Este jogo marca a despedida do adjunto Anthony Barry e também de Fernando Gomes como presidente da FPF. Como vê essas saídas: “No futebol, a despedida só é boa com vitórias. Acho que isso é importante e Barry é muito qualificado, muito bem preparado e trabalhou muito bem durante estes dois anos. Agradecer esse esforço, mas é algo que acontece no futebol e em março teremos uma nova equipa técnica. Ao presidente apenas agradecer o seu legado, que vai tornar o futuro do futebol português muito mais fácil. O que fizeram nestes últimos 13 anos é um exemplo para o futebol mundial”.
Jogadores que estão no seu radar? Onze de amanhã? “Gostaria de dizer, mas precisamos de ver o treino e ainda não falei com os jogadores, então não o posso partilhar. O que posso dizer é que falei muito do nosso processo de acompanhar jogadores, a porta está sempre aberta, mas também é difícil quando temos jogadores com muita qualidade e experiência, mas há oportunidades e durante os cinco jogos desta prova demos oportunidades para outros jogadores mostrarem o que podem fazer. O grupo é maior do que aquele que tivemos antes do Euro’2024 e é esse o objetivo: tentar ganhar mas também preparar um grupo com mais competitividade. Acompanhámos todos de forma profissional e honesta e também é preciso sorte para estar no momento certo e aproveitar as oportunidades”.