Declarações de Roberto Martínez após o Portugal-Eslovénia (0-0 ao fim de 120 minutos, 3-0 no desempate por penáltis), nos oitavos de final do Euro'2024
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Portugal tem sentido mais dificuldades com equipas de bloco mais baixo, como a Eslovénia. França será mais ofensiva, isso pode ajudar? “Sim e não. Uma coisa é o debate dos estilos, com uma equipa com bola e a outra a defender, o que depende aí é a execução e a Eslovénia aí esteve muito bem, mas fizemos um bom jogo de ataque. Foi difícil hoje, com uma relva lenta, mas tivemos 20 ataques, 11 cantos, três jogadores da linha defensiva deles com amarelos, falhámos um penálti.. Hoje não é dia para dizer que não chegámos ao último terço. A Eslovénia teve uma ocasião de um para um, Diogo Costa fenomenal, mas não foi um mau jogo. Já vimos jogos difíceis e sabemos que a França também é boa defensivamente, tem grandes jogadores no ataque e precisamos de defender num jogo mais aberto, mas estou muito satisfeito com o que fizemos hoje”.
Frente a um bloco tão baixo, Portugal teve um jogo demasiado previsível? “Foi previsível porque não marcámos, se tivéssemos marcado nos primeiros 20 minutos já não era. Oblak esteve excelente, o penálti acontece, mas tivemos muitas oportunidades. É preciso aceitar, a relva ajudou-os a eles e a nós defensivamente. Já vimos muitos jogos em que uma equipa que não tem bola aguenta-se, depois há prolongamento e outra aceita a derrota e não se concentra nos penáltis, mas o nosso guarda-redes defendeu três. Estamos muito orgulhosos”.
Três penáltis defendidos por Diogo Costa, como se prepara isso? “O Diogo Costa está num momento incrível, chegámos ao torneio e falámos disso, que a experiência dele contra o Arsenal [na Liga dos Campeões] foi muito importante e hoje ele acompanhou o seu coração, cresceu muito e é um grande guarda-redes. É um segredo do futebol português, já trabalhei com grandes guarda-redes e ele está num grande nível. Acho que com o seu nível de maturidade e as experiências dele no clube... agora tem uma capacidade incrível para nós”.