Roberto Martínez: "Às vezes a crítica é saudável e boa, noutras é maliciosa e tem uma agenda"

Comparando Portugal de hoje ao de há um ano, é a mudança de confiança que se nota: “Antes de mais, queria dar as condolências aos familiares do adepto que morreu durante o jogo, notícia muito triste. Concordo muito, acho que há dois aspetos muito importantes. Em primeiro, os valores de equipa. Trabalhando durante 30 jogos, começas a perceber uma confiança, uma resiliência e uma personalidade que são muito importantes para ganhar títulos. A qualidade ajuda a ganhar jogos, mas a qualidade, com esses valores, ajuda a ganhar títulos. Depois, acho que também é importante dizer que agora não há 10 jogadores, há 16 jogadores ao mesmo nível e essa competitividade e as opções durante o jogo dão para usar conceitos diferentes, o que ajuda muito em jogos como o de hoje. Acho que faz parte de um período de dois anos e meio de trabalho e com 30 jogos, mas concordo que a equipa está diferente nesses valores”.  

Este troféu é uma resposta a quem duvidou de si? “Não, tenho muitos anos de treinador, comecei em 2007, tive oportunidade de ter mais de 100 jogos com seleções e o mais importante é o que sente o grupo de jogadores e o compromisso que temos todos os dias, fora o ruído que faz parte do futebol. Às vezes a crítica é saudável e boa, noutras é maliciosa e tem uma agenda, então para mim o orgulho de ganhar a taça para os nossos adeptos é uma satisfação para a comunidade de emigrantes na Alemanha, que fez um esforço incrível quando nós mais necessitávamos”. 

Emoção desta primeira conquista e lágrimas de Ronaldo: “Somos uma equipa e o capitão é muito importante. A experiência do Cris é essencial para criar os valores de que falámos e mostrar personalidade. Hoje uma equipa como a Espanha ficar na frente (do marcador) duas vezes e continuarmos... O capitão tem uma influência muito grande, usámos a sua experiência e força e mostrámos que somos uma equipa preparada para ganhar”.