Antigo treinador e diretor-desportivo dos russos acusa o camaronês de ser intrometido e de querer controlar o clube
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Uma estrela no relvado, um intrometido fora dele. É esta a imagem que Roberto Carlos transmite de Eto'o numa recente entrevista concedida ao sítio "Globo Esporte", acusando mesmo o avançado, agora no Chelsea, de querer controlar o Anzhi durante o tempo em que o brasileiro exerceu as funções de treinador e diretor-desportivo.
Roberto Carlos revelou que tudo corria bem até ao momento em que contratou o internacional camaronês. "Eu tinha controlo em relação à equipa: organizava os jogadores e trabalhava com o treinador. Coloquei o Anzhi entre os melhores. Com a chegada do Eto'o, com aqueles valores todos envolvidos, tive alguns pequenos problemas com relação ao balneário e tinha que conversar com os atletas russos e explicar o porquê de o Eto'o estar ali. Mas chegou um momento em que o Eto'o pensava em interferir no meu trabalho, controlar o clube, ocupando o meu lugar e o do Guus [Hiddink]", afiançou.
Segundo o agora treinador dos turcos do Sivasspor, ele e Hiddink falavam de uma coisa e Eto'o ia ter com o jogador e "falava outra". "Isso foi-me stressando e avisei que ia pegar a minha mala e ir embora. Ninguém acreditava, porque eu tinha contrato de quatro anos. Mas liguei para o clube e cheguei a um acordo", revelou.
O primeiro contacto entre Roberto Carlos e Eto'o não é recente. O antigo lateral-esquerdo brasileiro já conhece o camaronês desde que este tinha 16 anos e garante que já naquela "época era uma pessoa que queria se meter onde não era chamado". "É uma boa pessoa, mas a parte onde ele pensa 'eu, e não o grupo' prejudicou muito. Quando um jogador, em vez de jogar, fica interessado na contratação de jogadores e indicar amigos... Era confuso; meio estranho. Ele fazia de tudo menos jogar a bola", criticou.