"Robert Enke deve ser recordado com alegria e esperança, não apenas com tristeza"
Guarda-redes alemão faria 47 anos no sábado, 24 de agosto. Morreu em novembro de 2009, vítima de uma depressão
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Robert Enke, antigo guarda-redes internacional alemão, que passou pelo Benfica entre 1999 e 2002, comemoraria o 47.º aniversário no sábado. Nesse sentido, a esposa, Teresa Enke, está a organizar um evento relacionado com a saúde mental, que decorre entre esta sexta-feira e domingo, em Hannover.
O antigo futebolista, recorde-se, suicidou-se a 10 de novembro de 2009, com 32 anos, quando sofria com uma depressão, três anos depois de ter perdido a filha Lara, vítima de doença.
Em entrevista ao jornal alemão Bild, Teresa Enke recordou o marido. "Não queríamos realizar estes eventos no aniversário da sua morte, porque esse dia é sempre muito difícil para nós. Por isso, optámos por celebrar o aniversário do 'Robbi'. Ele deve ser recordado com alegria e esperança, não apenas com tristeza. A dor nunca desaparece. Muitas vezes dou por mim a pensar: 'Ena, Robbi, se ao menos pudesses ver isto agora...' Especialmente quando reencontro velhos amigos da altura", lembra.
"O Robbi não era uma pessoa triste. Ele podia ser muito alegre. E tinha um sentido de humor negro, partilhávamos muitas gargalhadas. Foi a doença que o levou à morte", afirma.
"As pessoas têm uma forma de encontrar o seu caminho de volta à vida depois de um luto profundo. Eu estou a ir bem. Sou feliz e tenho uma família maravilhosa. Mas nunca se pode aceitar totalmente a perda de um ente querido", partilhou.
"Tenho de dizer que estou orgulhosa do que conseguimos. A Fundação Robert Enke sempre teve como objetivo ser abraçada pela comunidade do futebol. E conseguimos. O estigma em torno da doença foi eliminado. Os jornalistas cobrem agora o tema da depressão de forma objetiva", aplaude Teresa.
Robert Enke defendeu as redes do Carl Zeiss Jena, do Borussia Monchengladbach, do Benfica, do Barcelona, do Fenerbahçe, do Tenerife e do Hannover 96.