Recusou camisola mítica oferecida por Maradona e "perdeu" oito milhões de euros
O antigo defesa-central inglês Terry Fenwick recusou trocar camisolas com Maradona, no final do Argentina-Inglaterra, dos quartos de final do Mundial'86. Mais tarde, arrependeu-se...
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Terry Fenwick é um homem arrependido. O antigo defesa-central inglês recusou a camisola que Diego Armando Maradona utilizou no célebre jogo entre Argentina e Inglaterra, no Mundial'86, por estar chateado com o golo de El Pibe marcado com a mão, e agora percebe que poderia ter ganho muitos milhões...
No livro "A história da camisola dos sete milhões de libras", publico recentemente, o ex-futebolista de Crystal Palace, Queens Park Rangers e Tottenham, entre outros, contou o que aconteceu naquele célebre jogo. Como se sabe, os argentinos venceram por 2-1, eliminando os ingleses do Campeonato do Mundo, mas um golo de Maradona marcado com a mão - a "mão de Deus" -fez com que a derrota fosse ainda mais difícil de digerir.
No final do encontro, o astro da albiceleste propôs uma troca de camisolas com Fenwick, jogador que teve a função de marcar Maradona naquela partida, mas este recusou, claramente frustrado com o que se tinha passado.
A camisola acabou por ir parar às mãos de Steve Hodge, médio daquela seleção britânica.
Anos mais tarde, a camisola de jogo foi leiloada e rendeu 7,14 milhões de libras. Ou seja, sensivelmente 8,3 milhões de euros...
"Obviamente, foi um jogo complicado, por causa da 'mão de Deus'. Decorreram cinco minutos entre um golo evidente com a mão e outro que toda a gente considera ser o melhor de sempre num Mundial. Ficámos em choque. Vejam as imagens do segundo golo, estávamos por todo lado, ainda a cambalear. O Maradona veio ter comigo no final do jogo para trocarmos as camisolas, mas eu estava muito irritado e desmoralizado. Estávamos fora do Mundial por causa de um golo marcado com mão", conta o antigo central..
"O Hodgie dizia que não a ia vender. Foi o momento mais controverso da história do futebol... Gostaria de ter beneficiado, mas coloco o meu país e o futebol antes de qualquer benefício pessoal", revelou.
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