Palavras de Javier Tebas, presidente da LaLiga, que vê com bons olhos a mudança do avançado francês para o atual campeão europeu e espanhol, ainda que fale com cautela sobre o sucesso que poderá resultar desta contratação
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Javier Tebas, presidente da LaLiga, reagiu esta sexta-feira à contratação de Kylian Mbappé, a custo zero, por parte do Real Madrid, considerando que a chegada do avançado francês, que deixou o PSG ao fim de sete temporadas, é uma boa notícia para o campeonato espanhol.
Presente na convenção “ISDE Sports”, o dirigente máximo da Liga espanhola começou por deixar um balanço positivo à última temporada da LaLiga, salientando ainda o facto de o campeão Real Madrid também ter conquistado a sua 15.ª Liga dos Campeões.
“Ao nível desportivo, dar-lhe-ia uma nota de 9 [em 10]. A Liga foi competitiva, ainda que na última jornada não houvesse nada para decidir. Salvo o Real Madrid, os demais clubes estiveram apertados para conseguirem os seus objetivos e a descida também foi apertada. E o Real Madrid ter vencido a Champions faz com que o futebol espanhol tenha coroado com êxito a temporada”, enalteceu.
Questionado sobre se a chegada de Mbappé ao campeão europeu e espanhol será o suficiente para que a LaLiga tenha uma temporada perfeita em 2024/25, Tebas adotou um discurso cauteloso, avisando que contratar grandes nomes não chega para atingir sucesso desportivo.
“Os jogos têm de ser jogados. Nenhum jogador, por muito bom que seja, garante êxito. O PSG teve Neymar, Messi e Mbappé e não ganhou um único título europeu”, lembrou, prosseguindo: “É sempre benéfico que venham grandes jogadores e grandes treinadores. Mas isso não significa, como li em algum lado, que os direitos audiovisuais irão aumentar. As figuras, quando chegam a um lugar, têm de se consolidar e tem de haver muito trabalho ao seu redor. Aí temos o exemplo da Arábia Saudita, que tem figuras e os seus direitos audiovisuais não rebentaram com o mercado”.
Quanto ao salário que Mbappé irá auferir no Real Madrid, onde será o jogador mais bem pago, recebendo 26 milhões de euros brutos (15M€ limpos) por ano, valores muito inferiores aos que encaixava no PSG (72M€ brutos), Tebas apontou que agora o jogador terá um vencimento “dentro do habitual”.
“O que posso dizer é o que tenho defendido, que no PSG ele estava sobrevalorizado, que podia cobrar isso porque não estava dentro do habitual. Esse tem sido o meu discurso e o que estava fora do mercado era o que ele recebia no PSG. O que cobrar no Real Madrid estará dentro do mercado, tenho a certeza. E não conheço o que vai cobrar, porque isso leva controlo económico”, comentou.