"Real Madrid foi um inferno, foi o único clube em que não me dei bem com os jogadores"
Na época 1999/2000, Anelka vestiu as cores do Real Madrid, mas a aventura foi negativa. Ainda assim, apontou sete golos e participou em 33 jogos.
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Em declarações à rádio francesa RMC Sport, o ex-futebolista Nicolas Anelka recordou a passagem pelo Real Madrid, que não lhe traz boas memórias. O avançado conta que não se conseguiu adaptar e a integração foi muito difícil, até porque alguns dos jogadores mais experientes não viram com bons olhos a sua chegada ao plantel.
"Quando assinei pelo Real Madrid, foi o o presidente Lorenzo Sanz que me levou. O treinador não me queria. Três meses depois, o Toshack [treinador] é despedido. Foi difícil para mim no balneário. No primeiro dia, não tinha lugar atribuído. Não tinha onde me sentar e comecei a perguntar o que estava lá a fazer. Nesse mesmo dia, o Samuel Eto'o veio ter comigo e disse-me que alguns jogadores mais velhos tinham ido perguntar ao presidente porque é que me contratou, quando já lá estava o Fernando Morientes. Isso foi o início do inferno", revelou o francês.
"Havia muitos espanhóis na equipa e foi muito complicado competir com o Raul e o Morientes. Não falava espanhol quando lá cheguei... e com o que o Eto'o me disse, fiquei logo na defensiva. E a verdade é que não conseguia fazer a diferença no campo, o jogo era completamente diferente do que tinha no Arsenal. Estava acostumado a jogar em contra-ataque, pensei que iam usar as minhas qualidades... Trabalhei nos meus defeitos, mas não mostrei as minhas qualidades", acrescentou.
A passagem pelos merengues foi, por isso, curta. "Não podia ficar duas épocas assim. Foi o único clube em que não me dei bem com os jogadores", adiantou.