Avançado inglês não contava para Rúben Amorim no Manchester United e foi cedido ao Barcelona com opção de compra de 30 milhões de euros
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Emprestado ao Barcelona, com opção de compra de 30 milhões de euros, na presente temporada, Marcus Rashford admitiu sentir-se “magoado” com o Manchester United, onde não contava para Rúben Amorim, depois de ter sido cedido ao Aston Villa na segunda metade da época passada e de ter sido posto a treinar à parte este verão enquanto não encontrava um novo clube.
Em declarações ao podcast “The Rest is Football”, o avançado internacional inglês, de 27 anos, considerou ainda que o seu clube de formação não tem tido qualquer direção desde a retirada do lendário treinador Alex Ferguson, em 2013, culpando essa instabilidade pela falta de sucesso do clube na Premier League que dura há mais de uma década.
“Mostrem-me uma equipa bem-sucedida que apenas se adapte. Quando Ferguson estava lá, não havia apenas princípios para a equipa principal, mas para toda a academia. Por isso, podias selecionar jogadores de 15 anos e eles entendiam todos os princípios de jogar da forma do Manchester United. E qualquer equipa que tenha sido bem-sucedida ao longo de um período de tempo tem princípios que significam que qualquer treinador ou jogador que chegue tem de se alinhar ou acrescentar a esses princípios”, começou por apontar.
“Em certas alturas, o United tinha fome de vencer, mas era apenas reacionário. Se a tua direção está sempre a mudar, não podes esperar vencer a liga. É isso que as pessoas esquecem. Temos estado muito abaixo do lugar que reclamamos para o United, mas se olharmos para trás, o que tive oportunidade de fazer nos últimos seis meses, o que esperavam? As pessoas dizem há anos que estamos em transição, mas para isso tens de a começar. A transição real ainda não começou”, prosseguiu, aproveitando para fazer uma comparação com o processo de vários anos que o Liverpool, rival do United, teve de atravessar com Jurgen Klopp até voltar a ganhar a Premier League e a Liga dos Campeões.
“Quando o Liverpool passou por isto, foram buscar Klopp e mantiveram-no. No início, eles não ganhavam. As pessoas só se lembram dos últimos anos dele, quando competiu com o City e venceu os maiores títulos. Para começares uma transição, tens de engenhar um plano e cingires-te a ele. É por isso que eu falo de sermos realistas quanto à situação [do United]. Já tivemos vários treinadores, ideias e estratégias diferentes para ganhar e acabámos na terra de ninguém. Se estou magoado? Sim, a 100 por cento. Não só como jogador, mas como adepto”, rematou Rashford.