Rafael Leão sobre Paulo Fonseca: "Pelo menos uma explicação podia dar..."
Declarações do atacante do Milan em entrevista à La Gazzetta Dello Sport
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A força dos filhos: "Os meus pequenos gémeos. Eles são muito diferentes, vê-se logo nos primeiros meses: o Thiago é mais agitado, o Leonardo é como eu, dorme muito, é calmo e tranquilo, gosta de observar. Ele vai ser um bom menino. Os meus filhos são a minha força, a coisa mais bonita do mundo. Eu queria ser pai antes dos 25 anos e eles chegaram na altura certa. É uma experiência incrível, mas difícil porque não os vejo todos os dias. Tenho o exemplo do meu pai que sempre esteve presente para mim. Espero que
que pelo menos um deles se torne jogador de futebol."
A condição física na Supertaça: "Sinceramente, pensei que podia jogar a final, embora soubesse que jogar contra a Juve teria sido um grande risco. Mentalmente, a equipa médica, o treinador e os seus colaboradores colocaram-me nas condições ideais para fazer um bom trabalho. Eles deram-me energia e a mentalidade certa, dizendo-me que só voltaríamos na segunda-feira."
A saída de Paulo Fonseca: "Sobre a nossa relação treinador-jogador não tenho nada a dizer, embora no início algumas situações - e não me refiro a problemas, mas situações - tivemos de as resolver. Ele tentou fazer o seu o seu trabalho, aplicar as suas ideias e penso que há sempre algo a aprender. Mas não funcionou e se ele devia ter ficado ou não, não me cabe certamente a mim decidir. No entanto, posso dizer que todos tentaram dar o seu melhor e que desejo ao Fonseca as maiores felicidades."
Os três jogos seguidos como suplente com Paulo Fonseca, ficou chateado? "Um pouco, um pouco. Penso que pelo menos uma explicação para três jogos no banco seguidos podia dar mas, por vezes, os treinadores fazem isso... Foi a primeira vez que aconteceu comigo no Milan e também aprendi. Se voltar a acontecer, e espero que não aconteça porque quero estar sempre em campo, vou estar mais consciente do que tenho de fazer, que é manter-me concentrado, não me deixar abater nem perder a confiança em mim próprio, que é o mais importante para poder dar o meu melhor. Em todo o caso, o passado é passado e estou ansioso pelo futuro."
Irregularidade e a Bola de Ouro: "Não se pode jogar sempre no seu melhor: há também jogos normais ou em que se pode fazer pouco. Nos últimos anos, apercebi-me de que o futebol mudou: as estatísticas e os números de golos e assistências são mais importantes do que os desempenhos. Estou a tentar tornar-me mais forte em frente à baliza para acrescentar mais qualidade e estar ao nível dos melhores jogadores."
Sonha com a Bola de Ouro? "Claro que sim. Claro que sim, mas para mim o mais importante é ganhar um grande troféu com a equipa. A Bola de Ouro é uma consequência dos resultados com o teu clube. Por isso, a minha primeira ambição é ganhar a Liga dos Campeões. E para isso sei que tenho de fazer a diferença em cada jogo. Tenho de ser importante para o Milan."
A quem teria dado a Bola de Ouro? "A Vinícius Jr."
A Champions: "Na Europa, temos a ambição de chegar o mais longe possível, mas precisaremos sempre do verdadeiro Milan. A Liga dos Campeões é a taça mais bonita do futebol e para nós, a partir de agora, serão todos os jogos finais. Sim, também podemos sonhar em ganhar algo importante. Nada é impossível, o Sérgio Conceição deu-nos um abanão."