Queiroz quebra silêncio sobre saída da Colômbia: "Fino trabalho de bastidores..."
Treinador de 68 anos veio a público para refutar a acusação, feita por um vice-presidente federativo colombiano, de que a saída do cargo, em dezembro de 2020, foi por opção própria
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Mais de um ano após deixar o cargo de selecionador da Colômbia, Carlos Queiroz rompeu com o secretismo relacionado com essa saída. O técnico português alegou que o responsável pelo sucedido, descrito como "fino trabalho de bastidores", foi González Alzate, vice-presidente da Federação Colombiana de Futebol.
"A minha saída da seleção da Colômbia foi, como se sabe, resultado de um fino trabalho realizado por González Alzate, figura com vasto e reconhecido currículo a trabalhar nos bastidores do futebol colombiano, que, aproveitando o poder e os votos que tem, exerce pressão, inclusivamente sobre os seus pares, para alcançar os seus interesses pessoais", afirmou o selecionador do Egito, citado pela "Marca".
Queiroz, que orientou a formação "cafetera" entre 2019 e 2020, veio a público para refutar, assim, a acusação, feita por González Alzate em entrevista recente, de que a saída do cargo foi opção tomada pelo próprio técnico português.
"Não é de estranhar, portanto, que esta figura não assuma a sua responsabilidade quando foi a primeira pessoa a exigir a minha demissão", condenou Queiroz, negando, de forma reiterada, ter renunciado à função por vontade pessoal, após as goleadas sofridas, em novembro de 2020, diante do Uruguai e do Equador.
"Nunca apresentei a demissão do papel de selecionador da Colômbia", frisou o selecionador. "Isso ficou claro nos documentos da indemnização que a federação me propôs assinar para garantir a saída", ocorrida no último mês de 2020.