Queiroz com o Catar na Gold Cup: "Já dizia aquele treinador inglês, Shakespeare..."
Declarações de Carlos Queiroz, selecionador do Catar, antes do jogo com as Honduras, do Grupo A da Gold Cup. A equipa perdeu por 2-1 frente ao Haiti na estreia.
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A competição: "É um prazer estarmos aqui e sermos parte desta maravilhosa competição, a Gold Cup. Temos mais um jogo e a oportunidade de mostrarmos o nosso futebol, com um único objetivo em mente: jogar bem e conseguir três pontos. Sabemos que defrontamos uma grande equipa, com qualidade e ambições, mas é este o nosso objetivo."
Derrota no primeiro jogo: "O estado de espírito é muito bom, saímos do jogo conscientes do que fizemos, analisámos todos os detalhes e incidentes da nossa performance. Há espaço para melhorar, queremos crescer, mas também esperamos não enfrentar o mesmo tipo de incidentes do último jogo - esperamos três boas equipas no relvado; seguramente as Honduras e o Catar farão um bom trabalho, esperamos que a terceira equipa também. Infelizmente uma das equipas prejudicou o nosso desempenho no primeiro jogo. De qualquer modo, não nos escondemos atrás disso e estamos focados no que queremos melhorar. Não será fácil superar as Honduras, mas está nas nossas mãos tentar tudo para o conseguir."
Honduras: "Têm muitos jogadores portentosos e talentosos, com grande capacidade de aceleração do jogo. Uma equipa de atitude atacante. Mas não há equipas perfeitas e queremos jogar as nossas melhores cartas em cima das suas fraquezas, como estou seguro que farão o mesmo contra nós. Estamos seguros que podemos melhorar, crescer e conseguir o resultados que todos esperam."
Jogo decisivo: "A palavra certa não é preocupação. O futebol é alegria, tentar ganhar para a felicidade dos adeptos, desfrutar, e a palavra certa é atenção. Temos que trabalhar todo o jogo, sabemos os pontos forte e fracos, e o desafio é saber jogar 90 minutos procurando o que nos é favorável. A equipa esteve bem com o Haiti, criámos oportunidades, jogámos bem. Se continuarmos neste sentido, estarei muito satisfeito com os mais jovens que estão a entrar na equipa, e também com os que estão a aportar experiência. Esta é a nossa caminhada para o futuro, mas nesta caminhada estamos em competição e a competição faz-se de ganhar. É para isso que se joga futebol, para ganhar. Se não jogas para ganhar, não podes crescer."
Seleção do Catar hoje e a de 2020/21: "Creio que a Imprensa e as pessoas não valorizam a forma como o futebol de seleções foi altamente prejudicado no período da Pandemia, em termos de treino e competição. Pode dizer-se que o futebol continuou - é verdade, em alguns países com possibilidades e condições para isso, como em Inglaterra e noutros, mas em muitos países o treino e preparação de seleções, sobretudo de seleções jovens, sub-21, sub-23, etc., foi muito prejudicado. O que vejo hoje é claro: as nações de topo dispararam para um gap ainda maior relativamente a outros países. O Mundial mostrou exatamente isso, o quão distantes as seleções de topo estão do resto do mundo."
Tudo ou nada: "Amanhã é uma situação igual para as duas equipas. E é parte da nossa vida, jogar para ganhar. Honestamente, desde os 9 anos que não me lembro de jogar um jogo que não seja para ganhar. Seja particular, seja oficial, o objetivo é ganhar. Já dizia aquele treinador inglês, Shakespeare, já retirado: 'To win or not to win, that is the question'. É uma questão de ganhar ou ganhar."
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