Alteração na Seleção Nacional é ligeiramente inferior à dos gauleses. Nos lusos, há dez repetentes na convocatória atual face à de 2016, enquanto a França tem nove. Ambos apresentam equipas mais jovens.
Corpo do artigo
Domingo, 11 de outubro de 2020, vão cumprir-se quatro anos, três meses e um dia desde que a Seleção Nacional pisou o relvado do Stade de France para, a 10 de julho de 2016, assinar a maior conquista da história do futebol português: a vitória no campeonato da Europa.
12890504
Quatro anos é o tempo exato que separa a realização de dois Europeus, mas a covid-19 adiou o Euro"2020 para 2021. Além disso, o destino colocou frente a frente Portugal e França na Liga das Nações e o reencontro dá-se depois de amanhã, no mesmo palco em que Éder, o autor do golo que trouxe o caneco para casa, e a restante equipa orientada por Fernando Santos foram elevados a heróis nacionais. Mais de 1200 dias depois, o que mudou naquele Portugal campeão europeu e na França finalista vencida? A resposta é... quase tudo.
Não são muitos os jogadores lusos e franceses que terão a possibilidade de reviver aquele dia de verão. A revolução é ligeiramente menor na Seleção Nacional e o onze apresentado na final contempla mais resistentes em comparação com a equipa lançada por Didier Deschamps, entretanto campeão do mundo em 2018. Em suma, Rui Patrício, Pepe, William Carvalho, Raphael Guerreiro, Renato Sanches e, claro está, Cristiano Ronaldo, todos como titulares, mais Anthony Lopes, Danilo, João Moutinho e Rafa são os dez jogadores convocados para o Euro"2016 e igualmente chamados para os jogos perante Espanha, França e Suécia, estes dois da Liga das Nações.
Jovens: em 2016, as "coqueluches" João Félix e Camavinga tinham 14 e 13 anos, respetivamente
Nos franceses, sobram as principais estrelas da companhia, ou seja, Lloris, Pogba, Griezmann e Giroud, que entraram de início na final, bem como Mandanda, Lucas Digne, Kanté, Kingsley Coman e Martial. Importa sublinhar que José Fonte tinha sido inicialmente convocado por Fernando Santos, mas foi entretanto dispensado por ter testado positivo à covid-19, sendo substituído por Domingos Duarte. Resumindo, aquele onze de Portugal continua a ter pelo menos um jogador por sector na convocatória atual, mas da defesa de França já não resta nada, até porque os laterais Sagna e Evra se retiraram. Jallet, suplente não utilizado, também pendurou as botas, ao passo que Eduardo, Ricardo Carvalho e Eliseu, do lado português, fizeram o mesmo. Vieirinha e Cabaye encontram-se sem clube.
Ambos rejuvenescidos, mas a França mais
Há mais sangue novo nas equipas atuais de França e Portugal. A média de idades dos convocados dos gauleses, em 2016, era de 27,14 anos e os lusos apresentavam um grupo ligeiramente mais velho: 27,72 anos. Há quatro anos, Camavinga, a nova coqueluche do futebol francês, que se estreou a marcar pelos bleus no atropelo (7-1) à Ucrânia, tinha 13 anos... Mbappé, um dos melhores avançados do futebol mundial, tinha 17 e cumpria a primeira época, como sénior, no Mónaco.
No lado português, João Félix e Trincão eram meninos de... 14 anos. Félix tinha sido contratado nessa época pelo Benfica ao FC Porto e Trincão dividia-se entre os juvenis e o Braga B. Diogo Jota, transferido neste defeso do Wolverhampton para o Liverpool, a troco de 45 milhões de euros, mudava-se do Paços de Ferreira para o Atlético de Madrid, que posteriormente o emprestaria ao FC Porto.